Machado impregnou-se profundamente do pensamento de Schopenhauer. Segundo este filósofo o universo é vontade; cega, obscura e irracional vontade de viver. A lei do real não é nenhum logos harmonioso, mas sim um conflitivo querer fatalmente doloroso, porque necessariamente insatisfeito. Por isso a dor é a essência das coisas, e só no ideal de renúncia aos desejos se pode colher alguma felicidade.
logos: termo da filosofia que designa a força criadora e mantenedora do universo, agindo como princípio ativo que anima, organiza e guia a matéria.
O trecho do livro que ilustra a afirmação do crítico “só no ideal de renúncia aos desejos se pode colher alguma felicidade” é: