Revisão de História - ENEM 2021

(G1 - col. naval 2020)  Leia o texto a seguir.

 

Seria muito difícil prever, no início de 1929, que após a presidência relativamente tranquila de Washington Luís surgiria uma forte cisão entre as elites dos grandes Estados. Mais ainda, que essa cisão acabaria por levar ao fim da Primeira República,

(Fausto, Boris. História do Brasil. 12.ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2004. p. 319)

 

 Assinale a opção que identifica corretamente acontecimentos da Era Vargas, que sucedeu à Primeira República.

• Nas eleições de 1930, foi formada a Aliança Liberal, que reuniu políticos paulistas e mineiros que lançaram a candidatura de Júlio Prestes à presidência da república.   

• Getúlio Vargas deu início ao processo de industrialização do país, e a obra emblemática da sua política econômica foi a Usina Siderúrgica de Volta Redonda (RJ).   

• Getúlio Vargas deu início ao processo de industrialização do país, e a obra emblemática da sua política econômica foi a Usina Siderúrgica de Volta Redonda (RJ).   

• Getúlio Vargas deu início ao processo de industrialização do país, e a obra emblemática da sua política econômica foi a Usina Siderúrgica de Volta Redonda (RJ).   

• O governo do Estado Novo criou o DIP, Departamento de Investigações Policiais, órgão policial diretamente subordinado ao gabinete de Vargas que tinha a função de reprimir violentamente os opositores do regime.   

(Espcex (Aman) 2022)  A Guerra da Tríplice Aliança, também conhecida como Guerra do Paraguai, envolveu os aliados Argentina, Brasil e Uruguai contra o Paraguai. Foi o conflito mais sangrento ocorrido na América do Sul no século XIX. Relativamente a esse assunto, é correto afirmar que

• o primeiro avanço das forças paraguaias foi a invasão da província argentina de Corrientes, em 1865. 

• as tropas paraguaias, após a vitória na Batalha do Riachuelo, seguiram na sua ofensiva rumo ao Uruguai, com o objetivo de recolocar Aguirre no poder.

• dentre as causas da guerra, pode-se destacar a invasão brasileira ao Uruguai e deposição de Aguirre.

• sob o comando de Caxias, as forças aliadas venceram uma série de importantes batalhas, chamadas de “dezembradas” ou “Dezembrada”, com a tomada de Assunção e a morte de Solano López na Batalha de Cerro Corá.

• um dos efeitos da guerra foi o aumento da dívida externa brasileira, quando o Brasil passou a depender cada vez mais de empréstimos obtidos com banqueiros norte-americanos.

(Fuvest-Ete 2022)  É exagero supor que a Questão Religiosa que indispôs momentaneamente o Trono com a Igreja foi dos fatores primordiais na Proclamação da República. Para que isso acontecesse era preciso que a nação fosse profundamente clerical, a Monarquia se configurasse como inimiga da Igreja e a República significasse maior força e prestígio para o clero. [...] De qualquer maneira a Questão Religiosa não poderia contribuir de maneira preponderante para a queda da Monarquia. Quando muito, revelando o conflito entre o poder civil e o poder religioso, contribuiria para aumentar o número dos que advogavam a necessidade de separação entre Igreja e Estado e assim indiretamente favorecia o advento da República que tinha essa norma como objetivo.

COSTA, Emília Viotti da. Da Monarquia à República. São Paulo: Brasiliense, 1987. p. 299.

 

O texto trata da transição da monarquia à república no Brasil do final do século XIX e afirma que

• a questão religiosa constituiu um dos principais fatores para a queda da monarquia, juntamente com a questão militar e a questão escravista.

• a Igreja católica era inimiga da Monarquia e, devido a isso, apoiou explicitamente o movimento republicano.   

• a crise política envolvendo a Igreja Católica contribuiu indiretamente para a queda da monarquia.   

• o conflito político entre o poder civil e o poder religioso decorreu da separação constitucional entre a Igreja e o Estado.   

• o anticlericalismo da Monarquia foi o estopim da crise que levou o movimento republicano a defender o fim do Estado laico.   

(G1 - col. naval 2021)  Leia o texto a seguir.

 República Velha ou Primeira República do Brasil 

"A partir de 15 de novembro de 1889, o Brasil adotou o modelo republicano como forma de governo. O período conhecido como República Velha durou de 1889 até 1930. Historicamente, este período é chamado de República Velha em contraposição ao período pós-revolução de 1930, que é visto como um marco na história da República, uma vez que provocou grandes transformações no Estado brasileiro."

Disponível em: <https://www.politize.com.br/republica-velha/>. Acesso em 23. mar 2021.

 

Sobre o período que abrange a República Velha, marque a opção correta.

• O primeiro período vai de 1889 a 1894. Chamado de República do Café com Leite, foi a fase dominada pelos militares do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. Ganhou esse nome porque o Brasil foi governado por dois militares: Marechal Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, grandes aliados dos cafeicultores e dos produtores de leite

• Nesta fase, a política econômica dos governos estava alicerçada na emissão de papel-moeda, o que acabou gerando grande riqueza, consumo de massa e redução da inflação devido à grande circulação de dinheiro, reduzindo inclusive a dívida pública. Essas ações: resolveram o problema da inflação e da instabilidade social para os governantes republicanos.

• A economia brasileira, neste período, esteve ligada à origem de nossa industrialização. Desde a chegada da família real, passando pelo período Imperial até a República Velha (1889-1930), a economia brasileira teve forte investimento no setor industrial para mitigar a dependência do bom desempenho de suas exportações, as quais, durante todo período, restringiam-se a alguns produtos agrícolas, sem nenhum processamento.

• O segundo período vai de 1895 a 1930. Chamado de República Oligárquica, foi o período dominado pela política dos governadores. Essa manobra política entre o Poder Executivo Federal e o Poder Executivo Estadual garantia a escolha do Presidente e a não intervenção nos Estados. Foi denominada fase oligárquica, devido, em grande parte, à alternância no poder do Executivo Federal ter ocorrido entre políticos de Minas Gerais e de São Paulo.

• Com a proclamação da República, seria necessária uma nova Constituição que fosse republicana, mesmo que a democracia e a representatividade já estivessem estabelecidas na Constituição de 1824 como forma de governo. No período entre a proclamação da República e promulgação da Constituição republicada, o Brasil foi governado provisoriamente pelo Marechal Deodoro da Fonseca.

(Unisc 2021)  "Nunca se contaram os mortos da Revolta da Vacina. Nem seria possível, pois muitos, como veremos, foram morrer bem longe do palco dos acontecimentos. Seriam inúmeras, centenas, milhares, mas é impossível avaliar quantos. A autoridade policial, como seria de se esperar, apresentou números sóbrios e precisos, na tentativa de reduzir uma autêntica rebelião social à caricatura de uma baderna urbana: fútil, atabalhoada, inconsequente. Os massacres, porém, não manifestam rigor com a precisão. Sabe-se quantos morreram em Canudos, no Contestado ou na

Revolução Federalista (...)?"

SEVCENKO, Nicolau. A revolta da vacina: mentes insanas em corpos rebeldes. [S.1: s.n.], 2010, p. 11.

 

 

No excerto, o historiador Nicolau Sevcenko destaca chacinas relacionadas a quatro importantes eventos históricos da Primeira República (1889-1930) em diferentes regiões do Brasil.

 

Sobre os quatro episódios, considere as afirmativas:

 

I. Canudos, Contestado e a Revolução Federalista são consideradas mobilizações de caráter messiânico.

II. A Revolta da Vacina pode ser entendida por tensões históricas profundas. De um lado, o bloco dos donos do poder, de uma ciência pouco sensível ao impacto desumano de sua aplicação autoritária e proprietários interessados nas reformas sanitárias e urbanas que visavam à higienização de cortiços e demais áreas insalubres da cidade. De outro, grupos organizados de cidadãos e uma população anônima que vinha sendo sistematicamente despejada do centro da cidade pela reforma urbana do prefeito Pereira Passos.

III. A Guerra de Canudos aconteceu no sertão da Bahia e colocou o Exército brasileiro contra os habitantes de um arraial chamado Belo Monte. O jornalista e escritor Euclides da Cunha cobriu os acontecimentos, publicando um importante testemunho do massacre sertanejo no livro Os sertões.

IV. A Guerra do Contestado aconteceu em uma área disputada pelos estados de Santa Catarina e Paraná, ao passo que a Revolução Federalista ocorreu no Vale do Paraíba.

 

Assinale a alternativa correta.

• Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.

• Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas.

• Somente as afirmativas I e II estão corretas.   

• Somente as afirmativas II e III estão corretas.   

• Somente as afirmativas III e IV estão corretas.

(Unesp 2021)  Observe a charge de Ziraldo, originalmente publicada em 1968.

O diálogo entre o elefante e as cobras, associado à decretação do Ato Institucional número 5, sugere

• a alienação de parte expressiva da sociedade ante o cenário político e a difusão de notícias falsas.

• a solidez das instituições políticas republicanas e a disseminação do medo por traidores dos interesses nacionais.

• o contraste entre o esforço militar de corrigir os rumos do país e a desconfiança da sociedade civil.   

• o poder dos grupos sociais e políticos fortes e consolidados e a incerteza entre os setores populares.   

• o distanciamento entre a sociedade e o regime político e a dissolução das garantias e dos direitos democráticos.

(Ufpr 2020)  O golpe civil-militar de 1964 no Brasil provocou uma ruptura violenta no sistema democrático vigente desde 1946. O país passou a ser governado por generais escolhidos pelo Congresso Nacional em eleições indiretas e sem a participação popular. Uma das formas jurídicas mais frequentes empregadas pelo regime para a garantia da governabilidade deu-se por meio da decretação dos “Atos Institucionais”.

 

A respeito desse processo histórico, que durou 21 anos (1964-1985), assinale a alternativa INCORRETA.

• A ditadura civil-militar extinguiu os partidos políticos e cancelou seus respectivos registros através do Ato Institucional nº 2, de 1965.

• A ditadura civil-militar realizou escassos investimentos tanto em obras de infraestrutura rodoviária quanto em sistemas de comunicação.

• As graves violações de direitos humanos, sobretudo a aplicação de tortura, as detenções ilegais e os desaparecimentos de opositores foram práticas sistemáticas durante grande parte desse período histórico.

• Pelo Ato Institucional nº 5, de 1968, o regime militar suspendeu, entre outras, as garantias constitucionais de vitaliciedade, inamovibilidade e estabilidade, bem como a de exercício em funções por prazo certo.

• A Lei nº 6.683, de 1979, concedeu anistia política a todos aqueles que cometeram crimes políticos ou conexos com estes, no período compreendido entre 1961 e 1979.

(Fempar (Fepar) 2020)  Leia dois trechos de discursos do Presidente João Goulart.

1          Em 13 de março de 1964, na Central do Brasil, Rio de Janeiro:

 Essa Constituição é antiquada [...] acabei de assinar o decreto que considera de interesse social, para efeito de desapropriação, as terras que ladeiam eixos rodoviários, leitos de ferrovias, açudes públicos federais e terras beneficiadas por obras de saneamento da União. É tornar produtivas áreas inexploradas ou subutilizadas [...] A partir deste instante, as refinarias de Capuava, Ipiranga, Manguinhos, Amazonas e Destilaria Rio-Grandense passam a pertencer ao povo [...]

(Adaptado do disponível em: <http://www.ebc.com.br/cidadania/2014/03>.

Acesso em: 12 jun. 2019)

2          Em 30 de março de 1964, no Automóvel Clube, Rio de Janeiro:

            Na crise de 1961, os mesmos fariseus que hoje exibem um falso zelo pela Constituição, queriam rasgá-la e enterrá-la sob a campa fria da ditadura fascista [...]

(Disponível em: <http://www.planalto.gov/br/civil>. Acesso em: 12 jun. 2019)

 

 

Leia agora um trecho do Ato Institucional nº 1, de 9 de abril de 1964, já sob o governo militar. [...] a revolução vitoriosa se investe no exercício do Poder Constituinte.

 

[...] o governo se dispunha a bolchevizar o País. [...] Ficam suspensas, por seis (6) meses, as garantias constitucionais ou legais de vitaliciedade e estabilidade. Os comandantes-em-chefe [...] poderão suspender os direitos políticos pelo prazo de dez (10) anos e cassar mandatos legislativos.

 (Disponível em: <http://www.gedem.ifcs.ufrj.br/u./documentos/42.pdf>.

Acesso em: 12 jun. 2019)

 

Sobre a queda do governo João Goulart e o início do ciclo dos governos militares, considere os textos e julgue em V ou F as afirmativas.

 

(     )  No discurso de 13 de março de 1964, quando João Goulart destaca “os mesmos fariseus”, refere-se aos líderes civis e militares que tentaram impedir sua posse, somente possível com a adoção do Parlamentarismo.  

(     )  Quando diz que o governo João Goulart “se dispunha a bolchevizar” o Brasil, o Ato Institucional nº 1 considera discursos, movimentos e práticas esquerdizantes contra a propriedade particular, a exemplo da desapropriação de terras e da estatização de várias refinarias petrolíferas.  

(     )  A Revolução de 31 de Março tem nome impróprio, por ter como causa os desígnios dos chefes militares, preocupados com greves, inflação e quebra da disciplina militar, como o movimento de marinheiros e fuzileiros navais, anistiados pelo Presidente Goulart.  

(     )  A Revolução de 1964 submeteu o nome do General Castelo Branco ao Congresso Nacional, que o elegeu presidente da República em votação indireta, depois formalizada com o nome de Colégio Eleitoral, que mais tarde elegeria os presidentes civis Tancredo Neves e José Sarney.  

(     )  Os governos militares, fiéis a sua raiz ideológica e planos econômicos, passaram a adotar uma linha liberal na economia, afastando o Estado das atividades empresariais e procurando alinhar-se ao modelo capitalista norte-americano.  

(UECE 2020)  Quando, em agosto de 1961, Ernesto ‘Che’ Guevara foi condecorado com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, maior honraria que o Estado brasileiro oferece a alguma personalidade estrangeira, estava demonstrada a posição da política externa independente do Brasil em relação às potências da época. Esse episódio é considerado como um dos fatores que contribuíram para

• o governo de João Goulart sofrer, em 31 de março de 1964, o golpe militar que instaurou os 21 anos de governos ditatoriais militares.   

• o desencadeamento da crise de apoio popular que levou o governo de Getúlio Vargas a ser destituído e à realização de eleições livres para presidência da república.   

• o agravamento da crise política urdida por líderes conservadores de direita, como Carlos Lacerda, e para a renúncia do Presidente Jânio Quadros.

• o aumento da popularidade de Juscelino Kubistchek, que a utilizou para eleger seu candidato como sucessor na presidência da república.   

(Upf 2021)  No final da Idade Média surgiu um provérbio: “O ar da cidade torna o homem livre”. (PAIS, Marco Antonio de O. O despertar da Europa. São Paulo: Atual, 1992, p. 38).

 

Este provérbio indica que está acontecendo uma mudança no cenário europeu, marcado pelo declínio do feudalismo e o ressurgimento das cidades, refletindo a nova visão do homem daquele tempo diante do mundo.

 

Considerando as transformações decorrentes da transição do feudalismo para o capitalismo e o provérbio acima, é correto afirmar:

• as Cruzadas (1096-1270) propiciaram um intercâmbio religioso entre o Oriente e o Ocidente, resultando numa maior tolerância religiosa nas cidades medievais, que passaram a seguir o modelo da cidade de Jerusalém.

• a vida no mundo rural era marcada por uma estrutura social estratificada, enquanto nos novos centros urbanos as práticas comerciais e artesanais criaram condições para a ascensão social do homem urbano.

• a condição servil caracterizava aqueles que trabalhavam nas terras do senhor e a ele entregavam parte da colheita, enquanto nas cidades, já no século XII, as relações de trabalho eram totalmente assalariadas.

• as cidades medievais, contando com seu próprio conjunto de leis e jurisprudência, livres da influência dos senhores feudais, proporcionaram liberdade a todos aqueles que se sentiam oprimidos pelo modelo social feudal.   

• o Renascimento Comercial no final da Idade Média propiciou que as cidades medievais ficassem livres do pagamento das taxas e tributos feudais, deixando os habitantes das cidades livres de tais encargos monetários.