BARULHO NA VIZINHANÇA
Acordei pela manhã com o barulho dos meus vizinhos. São sempre muito discretos, mas hoje fizeram uma barulheira incomum. Moro no segundo andar de um prédio. Um coqueiro já chegou à altura da minha janela e em sua palma duas rolinhas residem há algum tempo. São eles os meus vizinhos buliçosos. Logo eles que são habitualmente silentes. Ronronam durante a manhã e por volta do meio-dia arremedam um “fogo apagou” que enche o ar de preguiça e melancolia. Durante o resto do dia, permanecem mergulhados num silêncio monacal [...].
Da minha janela não dá para saber qual o motivo de tanto alvoroço. Será algum gato que se aproxima? Ou o nascimento dos filhotes? Ou um natural azedume do arrebol? [...]
Vocabulário
Monacal: único.
Arrebol: amanhecer ou entardecer.
Fragmento. Disponível em: https://canal.cecierj.edu.br/012016/b98373cf72c08053ff6c31a7b6f5acdc.pdf . Acesso em: 15 mar. 2024.
No texto, há uma opinião do narrador no trecho:
(A) “Acordei pela manhã com o barulho dos meus vizinhos.”
(B) “Moro no segundo andar de um prédio.”
(C) “... que enche o ar de preguiça e melancolia.”
(D) “Um coqueiro já chegou à altura da minha janela...”