“O Estado, ao se organizar para manter a ordem social, desenvolve mecanismos de controle que visam regulamentar a vida dos cidadãos. O controle social pode ser direto, através da legislação e da força policial, ou indireto, através de normas e valores culturais que são introjetados pela sociedade.”

(Fonte adaptada: Max Weber, Economia e Sociedade)

Com base no texto, pode-se afirmar que o controle social:

• é exclusivo das instituições coercitivas, como a polícia e o exército.

• .ocorre apenas em sociedades totalitárias, onde o Estado centraliza todo o poder.

• abrange mecanismos tanto formais quanto informais, visando a manutenção da ordem.

• é ineficaz em sociedades democráticas, onde a liberdade individual é irrestrita.

• é sempre exercido de forma coercitiva, impedindo a autonomia dos cidadãos.

“A sociedade contemporânea caracteriza-se pela administração da vida social por meio de regras, normas e procedimentos técnicos que invadem todas as esferas da vida. O conceito de ‘sociedade administrada’ descreve uma realidade em que o indivíduo, cada vez mais, é integrado a sistemas burocráticos que definem seus comportamentos e expectativas.”

(Fonte adaptada: Theodor W. Adorno, Dialética do Esclarecimento)

De acordo com o conceito de sociedade administrada, pode-se concluir que:

• a liberdade individual está em expansão, à medida que a burocracia é reduzida.

• as sociedades modernas caminham para um modelo de total descentralização das normas.

• as normas burocráticas garantem a plena autonomia e participação crítica dos indivíduos.

• o controle dos indivíduos é cada vez mais exercido por sistemas impessoais e burocráticos.

• o papel do Estado é neutralizado, tornando-se irrelevante na administração das sociedades.

“Em suas análises sobre o poder, Foucault defende que este não é um instrumento centralizado, mas algo que se difunde em redes, sendo exercido em pequenas práticas cotidianas. Esses micropoderes, como ele chama, estão presentes em instituições como escolas, prisões, hospitais, moldando comportamentos e subjetividades.”

(Fonte: Michel Foucault, Vigiar e Punir)

Com base no texto, é correto afirmar que, para Foucault:

• o poder é exercido exclusivamente pelo Estado através de leis e normas.

• o poder é centralizado nas mãos de elites políticas e econômicas.

• o poder se manifesta de forma difusa, em pequenas ações cotidianas e institucionais.

• o poder não influencia a formação das subjetividades individuais.

• o poder é sempre coercitivo e nunca opera de forma sutil.

“O modelo do panóptico, idealizado por Jeremy Bentham e posteriormente reinterpretado por Michel Foucault, representa uma estrutura de vigilância em que os observados nunca sabem se estão sendo vigiados, mas se comportam como se sempre estivessem. Essa lógica se estende para a sociedade moderna, onde a vigilância invisível molda o comportamento dos indivíduos.”

(Fonte: Michel Foucault, Vigiar e Punir)

O conceito de panóptico, segundo Foucault, se refere a:

• um modelo de arquitetura prisional que reduz a liberdade dos guardas.

• um sistema de vigilância visível que exige constante monitoramento dos observados.

• uma forma de vigilância em que os indivíduos são sempre punidos por suas ações.

• uma técnica de controle social em que os indivíduos internalizam a vigilância e regulam seus comportamentos.

• um sistema de vigilância exclusivo para instituições prisionais, sem aplicabilidade na sociedade.

“Para Lipovetsky, a sociedade contemporânea é marcada por uma hiperindividualização, em que os indivíduos são levados a buscar a própria satisfação, mas, paradoxalmente, essa mesma sociedade exige o controle de comportamentos através de formas sutis de regulação, como a cultura do consumo e as normas sociais sobre o corpo e a estética.”

(Fonte adaptada: Gilles Lipovetsky, A Era do Vazio)

De acordo com a análise de Lipovetsky, a hiperindividualização:

• leva a um paradoxo, onde a busca pela liberdade individual convive com novas formas de controle social.

• fortalece o poder do Estado sobre os cidadãos, aumentando a repressão.

• gera uma sociedade onde o indivíduo é absolutamente autônomo e independente.

• liberta completamente o indivíduo das normas e controles sociais.

• elimina as pressões sociais sobre o comportamento, permitindo total liberdade.

“O autoritarismo pode ser entendido como um regime político no qual o poder se concentra nas mãos de um líder ou de um pequeno grupo que não aceita a pluralidade política e impõe restrições às liberdades civis e aos direitos democráticos. Esses regimes são frequentemente caracterizados pela supressão da oposição e pelo controle da mídia.”

(Fonte adaptada: Juan Linz, Regimes Autoritários)

Com base no texto, pode-se afirmar que o autoritarismo:

• promove a liberdade de imprensa como forma de garantir a democracia.

• concentra o poder e restringe a participação política e as liberdades civis.

• é caracterizado pela descentralização do poder em várias instituições.

• valoriza a pluralidade política e o debate público como princípios centrais.

• é uma forma de governo temporária, usada apenas em tempos de crise.

“Ideologias autoritárias são aquelas que defendem o fortalecimento do Estado em detrimento das liberdades individuais e coletivas, justificando o controle sobre a vida política e social com base na preservação da ordem, segurança e estabilidade. Sob essas ideologias, a autoridade central exerce poder sem questionamento, limitando a diversidade de opiniões.”

(Fonte adaptada: Hannah Arendt, Origens do Totalitarismo)

Com base no texto, ideologias autoritárias podem ser definidas como:

• defensoras de uma ordem política descentralizada e pluralista.

• promotoras da igualdade social por meio da redução do poder estatal.

• defensoras da eliminação de qualquer forma de governo centralizado.

• promotoras da diversidade de opinião e da participação política direta.

• defensoras do fortalecimento do Estado e da restrição das liberdades civis.

“A ditadura é um regime político no qual o poder reside em um único indivíduo ou em um pequeno grupo, sem a necessidade de prestar contas a uma população ou a instituições democráticas. Esse tipo de governo frequentemente abole ou suspende os direitos e garantias fundamentais, justificando essas medidas como necessárias para o bem-estar e a segurança do Estado.”

(Fonte adaptada: Norberto Bobbio, Dicionário de Política)

De acordo com o conceito de ditadura, pode-se afirmar que:

• a ditadura promove uma maior participação popular na tomada de decisões.

• a ditadura é caracterizada pela prestação de contas à sociedade.

• a ditadura é um regime em que o poder se concentra em poucas mãos, sem controle democrático.

• a ditadura é compatível com a manutenção das liberdades civis e políticas.

• a ditadura incentiva o pluralismo e a divisão de poder entre instituições.

“O totalitarismo é uma forma extrema de regime autoritário, no qual o Estado busca controlar todos os aspectos da vida pública e privada dos cidadãos, através de uma ideologia única e oficial. Nesse regime, não há espaço para a dissidência ou a pluralidade de opiniões, e o controle é exercido por meio de propaganda, vigilância e repressão.”

(Fonte adaptada: Hannah Arendt, Origens do Totalitarismo)

Com base no texto, o totalitarismo pode ser definido como:

• um regime político que permite a coexistência de diferentes ideologias.

• uma forma de governo em que a dissidência política é tolerada e incentivada.

• um regime que controla todos os aspectos da vida social, sem espaço para a oposição.

• uma forma de governo democrática, baseada na pluralidade de opiniões.

• um sistema político que valoriza a autonomia individual sobre o controle estatal.

“O nazismo, liderado por Adolf Hitler na Alemanha, é um exemplo clássico de totalitarismo. Caracterizou-se pelo controle total do Estado sobre a sociedade, pela imposição de uma ideologia de superioridade racial e pela perseguição sistemática de grupos considerados inferiores, como judeus, ciganos e opositores políticos. A propaganda foi amplamente utilizada para garantir a adesão às ideias nazistas e consolidar o poder do regime.”

(Fonte adaptada: Hannah Arendt, Origens do Totalitarismo)

De acordo com o texto, uma característica central do totalitarismo nazista foi:

• a defesa da liberdade religiosa e da igualdade racial.

• a imposição de uma ideologia que pregava a superioridade de determinados grupos raciais.

• a tolerância em relação a ideologias contrárias ao regime.

• a descentralização do poder político e a criação de uma sociedade pluralista.

• o incentivo à liberdade de expressão e ao debate público.