AULA1 Características e Funções do Mito

O conceito de virtude nos poemas homéricos difere daquele desenvolvido posteriormente pelos filósofos gregos. Enquanto na Ilíada e na Odisseia a virtude do herói está ligada à excelência no campo de batalha e ao poder de persuasão na assembleia, em filósofos como Sócrates e Aristóteles, virtude está associada à ética e à autonomia moral. Diante dessa diferença, é correto afirmar que:

• O conceito de virtude homérico enfatiza a obediência ao destino, enquanto os filósofos posteriores associam virtude à deliberação racional e à conduta ética.

• Tanto nos poemas épicos quanto na filosofia posterior, a virtude é exclusivamente definida pelo sucesso militar e pela força física.

• A noção de virtude em Homero rejeita completamente a ideia de heroísmo e coragem.

• Para Aristóteles e Sócrates, a virtude depende unicamente da proteção dos deuses, assim como nos épicos de Homero.

• A virtude do guerreiro homérico está fundamentada na busca pelo prazer e na ausência de sacrifícios.

As epopeias homéricas desempenhavam um papel pedagógico na sociedade grega, transmitindo valores e ensinamentos sobre o comportamento heroico. Considerando esse papel, é correto afirmar que:

• Os poemas épicos apresentavam apenas narrativas fictícias sem qualquer relação com a formação moral dos cidadãos gregos.

• O ensino das epopeias ajudava a consolidar uma identidade cultural grega e transmitia modelos de conduta baseados em honra e dever.

• O aprendizado das epopeias era exclusivo das elites e não influenciava a visão de mundo da sociedade como um todo.

• A Odisseia e a Ilíada enfatizavam a autonomia do indivíduo e a liberdade total de escolha, rejeitando qualquer noção de destino.

• Os valores transmitidos pelos poemas épicos homéricos eram incompatíveis com a sociedade grega antiga, sendo rejeitados por seus cidadãos.

No pensamento grego, o conceito de destino está fortemente presente nos poemas homéricos, sendo um elemento fundamental da vida dos heróis. Comparando essa visão com o pensamento filosófico posterior, podemos afirmar que:

o destino.

• Os filósofos pré-socráticos e clássicos, como Platão e Aristóteles, mantiveram a ideia homérica de que o destino é inalterável e rege todas as ações humanas.

• 
  Homero e os filósofos posteriores compartilham a ideia de que a ação humana é livre de qualquer influência divina ou do destino.

• A visão filosófica da ética e da virtude em Aristóteles é uma continuidade direta do pensamento homérico, sem qualquer transformação conceitual.

• A concepção homérica de destino coloca os deuses como agentes ativos na vida dos heróis, enquanto a filosofia posterior busca compreender a autonomia e a racionalidade humana.

• No pensamento de Sócrates e Platão, o destino era visto da mesma maneira que nos épicos homéricos, sem introdução de qualquer reflexão sobre a autonomia moral.

A mitologia grega desempenhou um papel central na explicação da origem do mundo e dos deuses. Hesíodo, em sua obra Teogonia, apresenta um relato cosmogônico que difere do pensamento filosófico emergente na Grécia. Sobre essa transição entre mitologia e filosofia, é correto afirmar que:

• A Teogonia de Hesíodo apresenta uma explicação racional e científica sobre a origem do universo, rejeitando qualquer referência mitológica.

• Tanto Hesíodo quanto os filósofos pré-socráticos explicavam a origem do universo com base exclusivamente na observação empírica e na experimentação científica.

• O pensamento filosófico posterior rompe totalmente com os mitos, descartando qualquer tentativa de explicar a origem do mundo por meio de narrativas cosmogônicas.

• Hesíodo ainda recorre a elementos mitológicos para explicar a origem do cosmos, enquanto os primeiros filósofos começam a buscar explicações baseadas na razão e na natureza.

• Não há diferença entre a Teogonia e as explicações dos filósofos pré-socráticos, pois ambos utilizam exclusivamente argumentos míticos para descrever a realidade.

A conquista romana do mundo grego resultou na assimilação de diversos aspectos da cultura helênica, incluindo sua mitologia. Os deuses gregos foram reinterpretados e ganharam novas designações na cultura romana. Esse fenômeno pode ser comparado, em termos culturais, a:

• Uma simples cópia das tradições gregas, sem qualquer modificação no significado original dos mitos e divindades.

• Um processo de aculturação e ressignificação, em que os romanos adaptaram os mitos gregos à sua própria visão de mundo e estrutura social.

• Um completo apagamento da mitologia grega, substituída integralmente pela nova religião romana, sem nenhuma influência anterior.

• Uma rejeção total da mitologia grega pelos romanos, que criaram divindades e narrativas completamente novas sem qualquer inspiração nos gregos

• A criação de um panteão inteiramente original pelos romanos, sem qualquer relação com os deuses e mitos do mundo helênico.