O narrador de Dom Quixote é caracterizado, desde o início da obra, por:

• Ser uma voz onisciente e infalível, que relata os fatos com precisão histórica.

• Confundir-se com o autor real, Miguel de Cervantes.

• Assumir sua falibilidade, comentando a própria escrita e duvidando da veracidade da narrativa.

• Representar apenas a visão ideológica do autor sobre o mundo medieval.

A verdade ficcional é descrita como:

• Uma representação fiel dos acontecimentos históricos.

• Um tipo de verdade sustentada por lógica formal e argumentos de autoridade.

• Uma distorção proposital da realidade para enganar o leitor.

• Uma verdade que convence pelo engenho da composição.

A loucura de Dom Quixote, conforme o texto, consiste:

• Em perder completamente a razão e agir sem sentido.

• Em tomar o mundo real como uma continuação literal dos romances de cavalaria.

• Em rejeitar qualquer forma de leitura ou escrita.

• Em tornar-se um poeta que não distingue o bem do mal.

A relação entre autor e narrador em Dom Quixote é marcada por

• Transparência total e ausência de mediação.

• Indistinção, pois ambos são identificados como a mesma figura.

• Distanciamento, já que o narrador constrói uma persona que comenta o texto e assume sua parcialidade.

• Um apagamento completo do narrador em favor da voz do autor.

A verossimilhança na obra é apresentada como

• Um critério estético rejeitado pelo personagem Quixote

• A fidelidade ao estilo das biografias heroicas antigas.

• Um elemento que deve ser construído dentro da lógica interna da ficção.

• A exigência de que toda narrativa siga os fatos reais.

O desejo de Dom Quixote de escrever sua própria história demonstra:

• A compreensão de que a glória depende do relato literário.

• Um impulso autobiográfico que exclui a imaginação.

• A vontade de construir uma aventura qualquer para divertir-se.

• A crítica aos poetas que cantavam heróis mitológicos.

A presença de humor na obra tem como principal função:

• Desqualificar o personagem principal.

• Reduzir o valor literário da narrativa.

• Tornar a leitura mais acessível às crianças.

• Servir como mecanismo de equilíbrio e reflexão crítica.

Sobre Dom Quixote, responda a afirmativa correta:

• Uma simples paródia dos romances de cavalaria.

• Um livro sobre livros, sobre a leitura e a escrita.

• Um manifesto contra a literatura fantástica.

• Um tratado filosófico sobre política medieval.

A inversão entre realidade e ficção realizada por Dom Quixote evidencia:

• A incapacidade do personagem de viver no mundo real.

• A complexidade da experiência de leitura e sua influência sobre o sujeito.

• A crítica à censura literária da Inquisição.

• Um erro técnico do autor ao definir o enredo.

Em Dom Quixote, a discussão dos personagens sobre a primeira parte da obra, logo que se inicia a segunda, é um exemplo claro de:

• Erro de continuidade narrativa.

• Crítica à falta de originalidade dos escritores.

• Recurso de metaficção, em que a narrativa comenta a si mesma.

• Desprezo do autor por sua própria criação.