Revisão 3º ano

Sob o ponto de vista da Sociologia, a juventude não é homogênea, é plural, pois os grupos juvenis da sociedade se distinguem tanto pelas desigualdades sociais, de raça e de gênero quanto pela diferenciação cultural. De acordo com a proposição acima, é correto afirmar que

• a juventude é definida como um segmento social que partilha uma mesma faixa de idade e expectativas de vida semelhantes.

• juventude é o momento de entrar no mercado de trabalho para garantir o futuro, pois é logo cedo que se aprende uma profissão.

• os jovens, na sociedade atual, configuram o futuro do Brasil e todos têm igualdade de oportunidades na sociedade, dependendo apenas do esforço individual para alcançar sucesso na vida.

• não se pode falar em juventude, mas em juventudes, devido à diversidade e pluralidade de situações que definem o lugar e a pertença dos jovens na sociedade

O conjunto de valores, tradições, formas de cultura, língua, costumes e modos de organização, que sucessivas gerações foram acumulando para legar à geração atual, é o que se designa por:

• conjunto de procedimentos que visam a transmissão das heranças familiares para seus legítimos herdeiros

• herança social, conforme entendida e conceituada pela disciplina acadêmica denominada ‘Sociologia’

• determinado ordenamento jurídico positivo que, por força coercitiva, mantém vivas as tradições de uma comunidade.

• conjunto de crenças, dogmas e regras religiosas que vão passando de pais para filhos, como marca de determinada etnia.

• conjunto de conhecimentos, comuns numa sociedade concreta, obtidos por observações empíricas e experimentos científicos.

A geração de pensadores de 1930 foi determinante para definir o que é o Brasil pelo olhar sociológico. Neste sentido, surge um conceito, bastante debatido até os dias de hoje, que é o chamado homem cordial. Assinale a alternativa correta que representa este termo

• De acordo com os estudos de Gilberto Freyre na obra CasaGrande & Senzala, o homem cordial é o típico latifundiário canavieiro, que não respeita os limites propostos pelas teorias eugênicas do período, forçando a miscigenação entre negros, índios e brancos e atuando como o fiel da balança na empreitada de sucesso de ocupação do nordeste brasileiro

• Os apontamentos de Sérgio Buarque de Holanda na obra Raízes do Brasil conduzem à compreensão que o patriarcalismo, a origem rural e o trânsito entre a coisa pública e privada forjam o brasileiro do início da ocupação portuguesa: um ser capaz de enfrentar inúmeras situações para atingir o sucesso enquanto agente colonizador.

• Mais conhecido por suas obras literárias, Monteiro Lobato foi um hábil jornalista que, contemporaneamente à Semana de Arte Moderna, opôs suas ideias quanto ao brasileiro nato; o homem cordial é o oposto de Macunaíma e apresenta uma característica que imprime um ritmo benéfico à colonização portuguesa: a adaptação às questões econômicas, sociais e religiosas, conferindo ao luso-brasileiro toda a sorte durante os primeiros séculos após o descobrimento.

• A análise econômica de Caio Prado Junior apresentada em Formação do Brasil Contemporâneo coloca o homem cordial como agente disseminador dos interesses metropolitanos na América. Associado aos êxitos lusitanos na África e na Ásia, este agente colonizador ocupa um lugar de destaque como modelo de adaptação e de versatilidade durante os primeiros séculos da colonização portuguesa.

• É o movimento antropofágico, surgido na Semana de Arte Moderna de 1922, que propõe a assertividade quanto ao sucesso da colonização brasileira; o homem cordial é a síntese da cultura africana, da tradição indígena e da astúcia portuguesa na empreitada brasileira moldada pela exploração até o início do século XX.

Os dados apresentados pelo Mapa da Violência de 2016, publicado pela Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO), reiteram o padrão segundo o qual a juventude brasileira encontra-se em maior vulnerabilidade frente às situações de violência, especialmente no que se refere às mortes provocadas por armas de fogo. De acordo com os especialistas responsáveis por este estudo, tal situação exige políticas de juventude e políticas para a juventude. Sobre juventudes, vulnerabilidade juvenil e políticas públicas para a redução da violência, considere as afirmativas a seguir.

I. A condição juvenil é socialmente construída e atravessada por condições sociais como classe, raça, escolaridade, local de moradia, religião e gênero.

II. O trabalho é uma dimensão constitutiva da condição juvenil e é vivenciado positivamente por muitos jovens, pois permite o acesso ao entretenimento, ao consumo e aos namoros.

III. O acesso dos jovens à educação formal e ao mercado de trabalho são questões resolvidas pelas políticas públicas, eliminando a chamada geração “nem-nem”.

IV. O combate às desigualdades de renda, em primeiro plano, e as desigualdades de gênero, em segundo, são as condições imediatas para a efetiva redução da violência entre jovens negros, via políticas públicas.

Assinale a alternativa correta

• Somente as afirmativas I e II são corretas

• Somente as afirmativas I e IV são corretas

• Somente as afirmativas III e IV são corretas.

• Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

• Somente as afirmativas II, III e IV são corretas

Há reconhecimento nas pautas públicas de um novo sujeito de direitos, os jovens. As políticas públicas juvenis têm um papel importante na construção desses direitos. Porém, avançar da afirmação deste princípio democrático para a garantia efetiva da participação juvenil, em todas as etapas das políticas em curso, constitui, ainda, um grande desafio.

Considerando as políticas públicas de juventude no Brasil, assinale a afirmação verdadeira

• As políticas públicas para os jovens no Brasil são eficazes por atender as demandas dessa população, com ações de fortalecimento das identidades juvenis e, sobretudo, pela inserção universal dos jovens pobres no mercado de trabalho.

• As políticas públicas juvenis afirmam o princípio democrático da juventude como sujeitos de direitos e, consequentemente, revelam o compromisso do Estado brasileiro com o bemestar de todos os jovens do Brasil, principalmente os das periferias urbanas

• Muitos programas, projetos e políticas, em geral, não provêm de diálogos com os jovens, podendo-se neles se observar improvisação, desconhecimento de suas problemáticas, descontinuidades, em especial para os jovens pobres que mais necessitam de políticas públicas.

• Por ser uma população homogênea, os jovens, independentemente de políticas públicas juvenis no Brasil, participam de todas as instâncias de planejamento, execução e avaliação das ações voltadas para sua afirmação identitária e socia

A juventude, em diversos momentos da história da civilização ocidental atual, atuou politicamente e ativamente, provocando mudanças nas estruturas políticas e comportamentais de determinadas sociedades, como

• na Primavera de Praga, momento em que os jovens tchecos defenderam o retorno ao capitalismo e se opuseram à proposta governamental de democratização do socialismo como mecanismo para a superação da crise econômica.

• na revolta estudantil de maio de 1968, na França, quando os jovens universitários entraram em conflito com os adeptos da contracultura, buscando manter um ensino universitário voltado para a preparação técnica e para a formação para o mercado de trabalho.

• no movimento hippie, que criticava o autoritarismo e burocratismo da sociedade socialista e o consumismo do capitalismo, pregando uma sociedade alternativa baseada na crítica a qualquer forma de autoridade e poder e, especificamente, se colocaram contra a Guerra do Vietnã.

• na ação de grupo de jovens da classe média branca estadunidense, que criticaram violentamente o movimento feminista, que, para eles, desviavam a atenção geral para as questões fundamentais da sociedade, como a crise econômica enfrentada pelo Estados Unidos no pós-guerra e a escalada da corrida armamentista, durante a Guerra Fria

• na oposição da juventude brasileira ao regime ditatorial militar, através de uma ação pacifista, influenciados pelas concepções de Mahatma Gandhi, se recusando a aderir à luta armada pregada pelo Partido Comunista Brasileiro, de orientação soviética.

No Brasil, a origem do funk e do hip-hop remonta aos anos 1970, quando da proliferação dos chamados “bailes black” nas periferias dos grandes centros urbanos. Embalados pela black music americana, milhares de jovens encontravam nos bailes de final de semana uma alternativa de lazer antes inexistente. Em cidades como o Rio de Janeiro ou São Paulo, formavam-se equipes de som que promoviam bailes onde foi se disseminando um estilo que buscava a valorização da cultura negra, tanto na música como nas roupas e nos penteados. No Rio de Janeiro ficou conhecida como Black Rio”. A indústria fonográfica descobriu o filão e, lançando discos de “equipe” com as músicas de sucesso nos bailes, difundia a moda pelo restante do país.

A presença da cultura hip-hop no Brasil caracteriza-se como uma forma de

• lazer gerada pela diversidade de práticas artísticas nas periferias urbanas.

• entretenimento inventada pela indústria fonográfica nacional.

• subversão de sua proposta original já nos primeiros bailes

• afirmação de identidade dos jovens que a praticam.

• reprodução da cultura musical norte-americana.

“É claro que a juventude de classe média brasileira não acordou sozinha. E não acordou de repente. A internet tornou o despertar mais rápido, sem dúvida. Mas existe uma esquerda resistente, que está representada nos pequenos partidos, que empunha a bandeira da ética e da transparência e que há muito tempo vem conquistando a juventude, usando a mesma linguagem e os mesmos meios que ela: a internet. Dar asas à sociedade civil para que ela assuma seu papel transformador, a partir do ressurgimento do sentimento de brasilidade, da certeza de que os verdadeiros donos do país somos nós. Utópico, porém alcançável, principalmente em tempos de internet.”

A respeito do texto é possível afirmar que:

• Os movimentos sociais urbanos da atualidade reproduzem, sem inovações, movimentos do passado.

• A sociedade civil demonstra seu despreparo político ao apoiar sua mobilização organizada com recursos das tecnologias de informação.

• A articulação política, por meio do uso das tecnologias de informação, em nada interfere nos movimentos sociais.

• O uso das tecnologias de informação está desvinculado da atuação política da juventude brasileira atual

• As tecnologias de informação têm sido uma importante ferramenta política nos movimentos sociais urbanos.