2ª Série Filosofia: Cap. 7 a 11

Para Nietzsche, existem certas atividades clássicas que presentam uma força, sendo a principal delas a arte. O artista é movido por esse tipo de força, pois faz aquilo que o corpo dele pede. A arte é, então, tudo aquilo que o homem faz como força de sua potência.

Disponível em: https://marcosalmeida.jusbrasil.com.br. Acesso em: 21 jan. 2021.

O texto apresenta o conceito de Nietzsche denominado força

• revolucionária.

• reativa.

• conformista.

• ativa.

Na Antiguidade, a ética como prática racional da liberdade girou em torno de um imperativo fundamental particular. [...] O êthos de alguém se traduz pelos seus hábitos, por seu porte, por sua maneira de caminhar, pela calma com que responde a todos os acontecimentos etc. Esta é para eles a forma concreta da liberdade; assim eles problematizavam sua liberdade. O homem que tem um belo êthos, que pode ser admirado e citado como exemplo, é alguém que pratica a liberdade de uma certa maneira.

Disponível em: https://www.scielo.br. Acesso em: 21 fev. 2020.

O texto indica que, na Antiguidade, realizavam a prática estudada por Foucault conhecida como:

• negação de verdades.

• desagregação social.

• cuidado de si.

• fala contida.

Na Idade Média, se considerava que o ser humano podia alcançar a verdade por meio da fé e também por meio da razão. Ao mesmo tempo, o poder religioso (Igreja) e o poder secular (Estado) mantinham relacionamento político tenso e difícil. O filósofo Tomás de Aquino desenvolveu uma concepção destinada a conciliar fé e razão, bem como Igreja e Estado.

De acordo com as ideias desse filósofo:

• a Igreja e o Estado devem fundir-se numa só entidade.

• a Igreja e o Estado são mutuamente incompatíveis.

• a Igreja deve subordinar-se ao Estado.

• a Igreja e o Estado são, em certa medida, conciliáveis.

Agostinho de Hipona escreveu a Cidade de Deus entre 412 e 427. Inicialmente a obra foi uma resposta à interpretação que os pagãos fizeram do saque de Roma em 410. No entanto, a obra teve um alcance muito maior e influenciou decisivamente as relações entre a Igreja e os poderes seculares durante toda a Idade Média.

BELO, Renato dos Santos. Filosofia. FTD, 2016.

Ao abordar sobre a cidade celeste, Santo Agostinho esclarece sua compreensão de cidade terrena ou cidade dos homens, onde:

• A cidade dos homens, ou cidade terrena, é aquela que reúne e condensa os valores temporais e materiais.

• A cidade dos homens ou cidade terrena é aquela em que os valores dos imperativos categóricos são realizados sem o dever moral.

•  A cidade dos homens, ou cidade terrena, é aquele que os homens realizam a vontade de Deus.

• A cidade dos homens, ou cidade terrena, é o momento de plenitude no pós-morte, segundo os julgamentos de Deus.

Embora Santo Agostinho não tenha dito que a cidade terrena corresponde necessariamente ao Estado e a cidade celeste corresponda obrigatoriamente à Igreja, foi assim interpretado pelos poderes durante a Idade Média. Desse modo, em nome do poder espiritual, a Igreja tomava medidas que:

• na prática, eram do poder terreno. O mesmo ocorria com o Estado.

• na prática, eram do poder celeste. O mesmo ocorria com o Estado.

• na teoria, eram do poder socialista. O mesmo ocorria com o Estado.

• na prática, eram do poder neoliberal. O mesmo ocorria com o Estado.

Uma vez estudadas as estruturas do ser para além de suas propriedades e relações sensíveis, a captura dessas estruturas se daria não somente pelos cinco sentidos, mas por meio de um recurso inteligível da mente humana. Assim, pode se dizer que:

• a Metafísica é o conhecimento daquilo que estaria além do que se pode captar com a racionalidade.

• a Metafísica é o conhecimento daquilo que pode captar com os cinco sentidos.

• a Metafísica é o conhecimento daquilo que estaria além do que se pode captar com os cinco sentidos e com a razão.

• a Metafísica é o conhecimento daquilo que estaria além do que se pode captar com os cinco sentidos.

O Oráculo de Delfos teria declarado que Sócrates (470-399 a.C.) era o mais sábio dos homens. Essa profecia marcou decisivamente a concepção socrática de Filosofia, pois sua verdade não era óbvia: “Logo ele, sem qualquer especialização, ele que estava ciente de sua ignorância? Logo ele, numa cidade [Atenas] repleta de artistas, oradores, políticos, artesãos? Sócrates parece ter meditado bastante tempo, buscando o significado das palavras da pitonisa. Afinal concluiu que sua sabedoria só poderia ser aquela de saber que nada sabia, essa consciência da ignorância sobre as coisas que era sinal e começo da autoconsciência.” (J. A. M. Pessanha) 

Sobre a filosofia de Sócrates, é correto afirmar que:

• consiste em buscar a verdade, aceitando as opiniões contraditórias dos homens; quanto mais importante era a posição social de um homem, mais verdadeira era sua opinião.

• após muito questionar os valores e as certezas vigentes, Sócrates foi acusado de não respeitar os deuses oficiais (impiedade) e corromper a juventude; foi julgado e condenado à prisão perpétua.

• o caminho socrático para a sabedoria deve ser trilhado pelo próprio indivíduo, que deve por ele mesmo reconhecer seus preconceitos e opiniões, rejeitá-los e, por meio da razão, atingir a verdade imutável.

• a sabedoria de Sócrates está em saber que tudo sabe, enquanto os homens em geral estão impregnados de preconceitos e noções incorretas, e não se dão conta disso.

O primeiro conceito de metafísica consiste em reconhecer como objeto da Metafísica o ser mais elevado e perfeito, do qual provêm todos os outros seres e coisas do mundo. (...) O segundo fundamental é a da Metafísica como doutrina que estuda os caracteres fundamentais do ser. O que todo ser tem e não pode deixar de ter.

Abbagnano, Nicola. Dicionário de filosofia. São Paulo, Martins Fontes, 2007, pp. 660-663.

Acerca dessas duas definições conceituais de Metafísica, pode-se afirmar que:

• nos dois casos a verdade das coisas é considerada inseparável de um método relativístico para o conhecimento.

• a ambas é central a valorização das coisas sensíveis como entidades autosuficientes para o estabelecimento da verdade.

• nos dois casos prevalece uma concepção teológica relacionada ao conhecimento do ser superior a todos os seres.

• o primeiro conceito caracteriza a Metafísica como teologia, e o segundo conceito caracteriza a Metafísica como ontologia.

Até hoje admitia-se que nosso conhecimento se devia regular pelos objetos; porém, todas as tentativas para descobrir, mediante conceitos, algo que ampliasse nosso conhecimento, malogravam-se com esse pressuposto. Tentemos, pois, uma vez, experimentar se não se resolverão melhor as tarefas da metafísica, admitindo que os objetos se deveriam regular pelo nosso conhecimento.

KANT, I. Crítica da razão pura. Lisboa: Calouste-Gulbenkian, 1994.

O trecho em questão é uma referência ao que ficou conhecido como revolução copernicana na Filosofia. Nele, confrontam-se duas posições filosóficas que:

• defendem que o conhecimento é impossível, restando-nos somente o ceticismo.

• apostam, no que diz respeito às tarefas da filosofia, na primazia das ideias em relação aos objetos.

• assumem pontos de vista opostos acerca da natureza do conhecimento.

• revelam a relação de interdependência entre os dados da experiência e a reflexão filosófica.

Pensadores como Kant e Hume negaram o acesso aos objetos de estudo da metafísica clássica. Hume, como filósofo empirista, limitou nosso conhecimento ao sensorial apenas. Kant, leitor de Hume, afirmou que os temas clássicos da metafísica estão fora do alcance da razão humana. Nietzsche empreende uma crítica à metafísica e sua existência como campo do conhecimento a partir da acusação de que ela é engano:

• Nietzsche afirmou que os problemas metafísicos clássicos, em especial o questionamento sobre a existência de Deus, respondiam à imperfeição do mundo.

• Segundo Hume, as ideias abstratas da metafísica são derivadas das ideias produzidas pelos sentidos, garantindo assim sua fundamentação.

• A filosofia de Kant complementa a metafísica clássica com o que chamamos de organização racional do sensorial, realizada pelas categorias da mente.

• A partir da distinção que Kant fez entre juízos analíticos e sintéticos, ele coloca os juízos metafísicos como não tendo nenhuma das duas características.