Mudanças climáticas e COVID-19: alguma relação?
A pandemia de COVID-19 é um dos grandes desafios do século XXI, causando diversos impactos na saúde, perdas humanas e econômicas. A causa da COVID-19 ainda é investigada e várias hipóteses sugerem que um dos caminhos para seu surgimento e disseminação, assim como de várias outras doenças infecciosas emergentes, sejam as interferências antropogênicas no meio ambiente e o aquecimento global. De fato, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente aponta que este é o caminho de diversas outras zoonoses (doenças infecciosas transmitidas por animais para humanos) emergentes (exemplos: SARS, MERS, Ebola etc). Embora as mudanças climáticas não tenham sido a causa direta do surgimento da COVID-19, existem possíveis inter-relações entre elas. Desmatamento, aquecimento global e perda de habitats naturais deixam os animais mais suscetíveis à captura e tráfico. Esta aproximação entre animais selvagens, domésticos e humanos facilita o contágio de doenças infecciosas. Por outro lado, para tentar conter a disseminação do vírus causador da COVID-19, o SARS-CoV-2, muitos países adotaram medidas de restrições, fazendo que as pessoas ficassem mais dentro de casa, evitando aglomerações nas ruas e estabelecimentos em geral. Estas restrições levaram a uma redução temporária de gases de efeito estufa, como o CO2, que teve uma significativa redução durante o primeiro semestre de 2020. Isto mostra que nossos hábitos de consumo e vida precisam ser repensados e modificados se quisermos viver em um planeta mais saudável.”
Embora as mudanças climáticas não tenham sido a causa direta do surgimento da COVID-19, sabemos que elas já estão acontecendo e, infelizmente, não é mais possível evitá-las. Porém, é possível diminuir seus impactos, determinando as seguintes ações: