15 EF08HI15 - Período Imperial

Durante o Primeiro Reinado (1822-1831), Dom Pedro I enfrentou forte oposição de diferentes grupos políticos. Qual era a principal crítica dos liberais brasileiros ao governo de Dom Pedro I?

• O imperador estava muito preocupado com os problemas do Brasil e negligenciava Portugal.

• Dom Pedro I governava de forma autoritária e centralizadora, limitando a participação política dos brasileiros.

• O imperador favorecia excessivamente os escravos em detrimento dos senhores de engenho.

• Dom Pedro I estava gastando muito dinheiro com obras públicas desnecessárias.

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Os liberais brasileiros criticavam o autoritarismo de Dom Pedro I, queriam maior participação política, mais autonomia para as províncias e um governo menos centralizado. O imperador, por sua vez, tentava manter o controle total do poder, o que gerava conflitos constantes. Essa tensão entre centralização imperial e aspirações liberais foi uma das marcas do Primeiro Reinado e culminou na abdicação de Pedro I em 1831.

O período regencial (1831-1840) foi marcado por intensa instabilidade política. Quais eram os dois principais grupos políticos que disputavam o poder durante as regências?

• Republicanos e Monarquistas.

• Escravistas e Abolicionistas.

• Restauradores e Liberais.

• Conservadores e Socialistas.

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Durante o período regencial, os Restauradores defendiam o retorno de Dom Pedro I ao trono brasileiro, enquanto os Liberais se opunham a essa volta e defendiam reformas políticas descentralizadoras. Os Liberais ainda se dividiam entre moderados (chimangos) e exaltados (farroupilhas), mas ambos os grupos liberais concordavam em manter Dom Pedro I afastado do poder. Essa disputa política intensa contribuiu para a instabilidade do período regencial.

Durante o Segundo Reinado, dois partidos políticos dominaram o cenário nacional. Como funcionava o sistema político conhecido como "parlamentarismo às avessas"?

• O Parlamento escolhia o imperador, invertendo a ordem tradicional de poder.

• Os partidos se alternavam no poder conforme a vontade popular expressa nas eleições.

• Dom Pedro II escolhia o presidente do Conselho de Ministros, que depois organizava as eleições para formar uma maioria parlamentar.

• O poder estava nas mãos do povo, que governava através de assembleias populares.

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O "parlamentarismo às avessas" era um sistema político peculiar do Segundo Reinado, pois diferente do parlamentarismo clássico, em que as eleições determinam quem governa, no Brasil imperial o imperador escolhia primeiro quem iria governar (o presidente do Conselho de Ministros), e este depois organizava eleições para formar uma maioria parlamentar favorável. Isso garantia que o poder real permanecesse sempre nas mãos de Dom Pedro II, mesmo com a aparência de um sistema representativo.

Os partidos Liberal e Conservador do Segundo Reinado tinham diferenças importantes em suas propostas políticas. Qual era a principal diferença entre esses dois partidos?

• Os Liberais defendiam a escravidão enquanto os Conservadores eram abolicionistas.

• Os Conservadores queriam maior centralização política, enquanto os Liberais defendiam mais autonomia provincial.

• Os Liberais eram republicanos e os Conservadores eram monarquistas.

• Os Conservadores defendiam a industrialização e os Liberais preferiam a economia agrícola.

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A principal diferença entre os partidos Liberal e Conservador estava na organização política do Estado. Os Conservadores, também chamados de "saquaremas", defendiam um governo central forte e unificado, controlando as províncias de perto. Já os Liberais, conhecidos como "luzias", queriam maior descentralização, com as províncias tendo mais autonomia para resolver seus próprios problemas. Ambos os partidos eram monarquistas e representavam os interesses das elites agrárias, mas divergiam sobre a forma de organizar o poder político.

A Guerra do Paraguai (1864-1870) teve importantes consequências políticas internas no Brasil. Como esse conflito afetou o equilíbrio das forças políticas no Segundo Reinado?

• Fortaleceu definitivamente o poder de Dom Pedro II, eliminando toda oposição política.

• Enfraqueceu o Exército brasileiro, que perdeu importância política após a derrota.

• Aumentou a influência política dos militares e intensificou as críticas ao governo imperial.

• Não teve nenhum impacto significativo na política interna brasileira.

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A Guerra do Paraguai transformou a política brasileira. O Exército brasileiro, que antes era pequeno e sem influência política, se tornou uma força poderosa e organizada. Os militares começaram a se envolver mais ativamente na política, criticando o governo civil e desenvolvendo ideias republicanas. Além disso, o conflito gerou enormes gastos públicos, críticas à condução da guerra e questionamentos sobre a eficiência do sistema monárquico. Esses fatores contribuíram para o enfraquecimento gradual do regime imperial.

A questão abolicionista criou novas divisões políticas no final do Segundo Reinado. Como essa questão afetou o tradicional equilíbrio entre Liberais e Conservadores?

• Uniu completamente os dois partidos em defesa da abolição imediata.

• Provocou divisões internas em ambos os partidos, criando grupos abolicionistas e escravistas.

• Não afetou os partidos políticos, pois a escravidão não era uma questão política.

• Levou à extinção dos dois partidos e criação de novos partidos baseados apenas na questão racial.

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A questão da abolição da escravidão não seguiu as divisões partidárias tradicionais entre Liberais e Conservadores. Dentro de cada partido havia tanto defensores quanto opositores da abolição. Isso criou novas alianças políticas que atravessavam as linhas partidárias tradicionais. Por exemplo, alguns Conservadores como José do Patrocínio defendiam a abolição, enquanto alguns Liberais de regiões cafeeiras eram contra. Essa situação enfraqueceu o sistema partidário tradicional e contribuiu para a instabilidade política do final do Império.

O movimento republicano ganhou força a partir da década de 1870. Quais grupos sociais foram os principais apoiadores da causa republicana no final do Império?

• Principalmente os escravizados e ex-escravizados que buscavam direitos políticos.

• Os militares, profissionais liberais urbanos e cafeicultores paulistas.

• Exclusivamente os operários das fábricas e trabalhadores urbanos.

• Somente os grandes proprietários rurais do Nordeste.

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O movimento republicano brasileiro teve uma base social específica. Os militares se aproximaram do republicanismo após a Guerra do Paraguai, influenciados pelo positivismo e críticos do poder civil. Os profissionais liberais urbanos (advogados, médicos, jornalistas) viam na República uma forma de modernizar o país. Os cafeicultores paulistas apoiavam a República porque queriam maior autonomia política e econômica, além de discordarem da política abolicionista do governo imperial. Esses grupos formaram uma aliança que seria fundamental para a Proclamação da República em 1889.

A Questão Religiosa (1872-1875) representou um conflito importante entre diferentes poderes durante o Segundo Reinado. Qual foi o principal motivo desse conflito?

• O governo queria acabar com todas as religiões no Brasil.

• A Igreja Católica desejava se separar completamente do Estado brasileiro.

• Conflito entre as determinações do Papa e as leis brasileiras sobre a relação Igreja-Estado.

• Disputa sobre qual religião deveria ser oficial no Brasil.

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A Questão Religiosa surgiu do conflito entre o poder temporal (Estado brasileiro) e o poder espiritual (Igreja Católica). O Papa Pio IX proibiu a participação de católicos na maçonaria, mas no Brasil, devido ao padroado (controle do Estado sobre a Igreja), essa determinação papal só teria validade se fosse aprovada pelo governo imperial. Quando bispos brasileiros tentaram aplicar a proibição papal sem autorização governamental, foram presos. Esse conflito enfraqueceu uma das bases tradicionais de apoio ao Império e contribuiu para a crise final da monarquia.

A Lei do Ventre Livre (1871) foi aprovada em meio a intensos debates políticos. Como essa lei refletiu o equilíbrio de forças políticas da época?

• Foi uma vitória completa dos abolicionistas, que conseguiram aprovar a abolição imediata.

• Representou um compromisso político entre diferentes grupos, avançando gradualmente na questão da escravidão.

• Foi imposta pelos escravizados através de revoltas generalizadas.

• Resultou da pressão internacional, sem participação dos políticos brasileiros.

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A Lei do Ventre Livre exemplifica perfeitamente como funcionava o equilíbrio político do Segundo Reinado. Nem os abolicionistas conseguiram a abolição imediata, nem os escravistas mantiveram o sistema inalterado. A lei foi um meio-termo: Libertava os filhos de escravizados nascidos após 1871, mas mantinha a escravidão dos já nascidos. Esse tipo de solução gradual e negociada era típica da política imperial, onde Dom Pedro II buscava equilibrar pressões opostas para manter a estabilidade. A lei também mostra como o imperador tentava se antecipar às pressões sociais para evitar mudanças mais radicais.

O fim do Segundo Reinado foi resultado do desequilíbrio das forças políticas que sustentavam o regime imperial. Quais foram os principais grupos que perderam o apoio ao Império nas décadas finais?

• Apenas os militares, após conflitos com o governo civil.

• Somente os cafeicultores, devido à abolição da escravidão.

• Os militares, setores da Igreja Católica, parte dos proprietários rurais e grupos urbanos republicanos.

• Exclusivamente os escravos libertos, que queriam vingança.

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O fim do Império brasileiro resultou da perda progressiva de apoio de vários grupos que sustentavam o regime. Os militares se afastaram após a Guerra do Paraguai e a Questão Militar. Setores da Igreja se distanciaram após a Questão Religiosa. Muitos proprietários rurais, em especial cafeicultores paulistas, aderiram ao republicanismo buscando maior autonomia. Os grupos urbanos emergentes (profissionais liberais, pequena burguesia) também preferiam a modernização republicana. Quando esses pilares de sustentação se desmoronaram simultaneamente, o Império perdeu sua base social e política, tornando a Proclamação da República inevitável em 1889.