O Palhaço
Benjamim acha que perdeu a graça e sai em busca de significado
O Circo Esperança atravessa estradas de terra do interior do país. A cada parada, um novo espetáculo e novas aventuras. Na “família” de 15 pessoas, a principal atração é a dupla de palhaços Puro-sangue e Pangaré, na verdade, Valdemar (Paulo José) e Benjamim (Selton Mello), pai e filho que dividem o picadeiro e, supostamente, a mesma vocação.
A dupla é também responsável pela administração dos negócios circenses, geralmente com pouco dinheiro e muita solicitação do grupo talentoso e irreverente formado por músicos, trapezistas, acrobatas, anões e uma linda menina, Guilhermina, espectadora privilegiada de um mundo mágico e lírico. Apesar de levar o público às gargalhadas, Benjamim entra em crise e sai em busca de sua própria identidade. Seu maior sonho de consumo é modesto – um singelo ventilador – e até realizá-lo Benjamim viverá pequenas aventuras plenas de significado.
Por vias tortuosas, Benjamim busca responder à indagação paterna: “Na vida a gente tem que fazer o que a gente sabe fazer. O gato bebe leite, o rato come queijo e eu sou palhaço. E você?”. Benjamim precisará de um tempo para descobrir.
Para defender a tese de que o circo é bom, um dos argumentos utilizados pelo autor está no trecho: