Sustentabilidade global
Rodrigo Berté
Professor
18/07/2017
Vivemos um cenário em que a demanda por recursos naturais cresce em proporção inversa à sua disponibilização. Aumento populacional, e desperdício de recursos destacam-se como os principais fatores responsáveis por comprometer o desenvolvimento sustentável, que é discutido desde 1987 com o relatório “Nosso Futuro Comum”.
Neste sentido, é evidente que as políticas de conservação necessitam ser implementadas logo. Mesmo reconhecendo tal urgência, é inevitável fazermos alguns questionamentos. Entre eles, quais os motivos para que as discussões realizadas nas conferências mundiais ainda não tenham se efetivado como práticas cotidianas? A resposta pode estar na forma como as questões ambientais são encaradas pela sociedade.
A conservação do ambiente, por exemplo, depende de ações que extrapolem os limites preestabelecidos do que conhecemos geograficamente.
Os impactos ambientais não se limitam a fronteiras e interferem tanto em nível local como global. Neste contexto, essas políticas demandam ações coletivas entre diferentes municípios, estados e países, tornando complexas a discussão e a proposição de medidas para alcançar a sustentabilidade em nível global.
A nossa concepção do que é meio ambiente contribui muito para este processo. Normalmente, não associamos os grandes centros urbanos, as nossas casas e nós mesmos ao que consideramos meio ambiente, e essa percepção errônea favorece à nossa inércia frente às problemáticas que precisam ser debatidas.
Falar em meio ambiente e pensar de forma local é um dos primeiros passos para que políticas de conservação fracassem. Para que as soluções aconteçam, outro fator importante a destacar é o papel central que as práticas de Educação Ambiental devem ter.
Dar autonomia de pensamento às pessoas, de forma que todos tenham acesso ao atual quadro de degradação que vivenciamos, é um aspecto chave para enfrentar os desafios ambientais em nível global. A partir desta autonomia a população tem a oportunidade de refletir sobre o atual modelo de desenvolvimento frente aos impactos ambientais, e pensar em novas escolhas em seu cotidiano que podem refletir globalmente.
Para defender a tese “... é evidente que as políticas de conservação necessitam ser implementadas logo.”, um dos argumentos utilizados pelo articulista está no trecho: