Prof. Docente Turma 01

Diversos autores da área da educação concordam em dizer que a institucionalização da profissão docente coincide com a feminização do magistério e com sua consequente desvalorização.

Com essa constatação é possível inferir que:

• as mulheres tornam a profissão docente mais qualificada, exigente e rigorosa, como é próprio do gênero feminino.

• a feminização do magistério é irreal, pois há homens e mulheres atuando na área do magistério em todo o mundo.

• o magistério é uma profissão valorizada, independente do gênero envolvido no compromisso de ensinar.

• a luta pela profissionalização do docente passa a ser não apenas uma luta de classes, mas também uma luta de gênero.

Embora em suas origens – e mesmo na fase de institucionalização da escolarização no século passado – o magistério tenha sido uma atividade em que predominava homens, ao longo de sua história recente, e em muitos países, essa ocupação passou por um processo de feminização.

Devido ao perfil das séries iniciais ter uma forte conotação de cuidado de crianças, a profissionalização do magistério favoreceu sua associação como:

• uma vocação feminina.

• um trabalho masculino.

• uma prática assistencial.

• uma atividade especializada.

Estar em formação implica um investimento pessoal, um trabalho livre e criativo sobre os percursos e os projetos próprios com vistas à construção de uma identidade que é ao mesmo tempo pessoal e profissional.

Julguem os itens a seguir, acerca da identidade e formação docente e marque a alternativa correta:

• A identidade docente se constrói, principalmente, por meio da acumulação de cursos.

• A identidade profissional do professor se constrói a partir de sua formação e vice-versa, isto é, uma está diretamente implicada à outra.

• A formação docente se constrói plenamente no cotidiano profissional do professor.

• Pensar em identidade demanda reconhecer que as experiências pessoais do professor são a essência para a sua constituição identitária.

Avaliem o que se afirma sobre a relação entre a didática, a formação do professor e a construção da identidade docente.

• Nos processos de construção da identidade docente, tem papel fundamental o significado social que os professores atribuem a si mesmos e à educação escolar.

• A identidade docente constitui um processo que não reconhece a docência como campo de conhecimentos específicos que devem ser mobilizados nos percursos de formação inicial e contínua.

• As concepções de docência como dom, segundo a qual os professores se formam sozinhos ou já nascem para o magistério se constitui como visão eficiente para a superação da cultura escolar hegemônica.

• O estudo da identidade profissional do professor não se trata de um dos aspectos dos saberes que configuram a docência.

A respeito da formação de professores, marque a alternativa INCORRETA:

• O/a prof. é uma pessoa de um certo tempo e lugar. Fruto de relações vividas, de uma dada ambiência que o expõe ou não a saberes, que podem ou não ser importantes para sua atuação profissional.

• Sua identidade profissional precisa ser compreendida e respeitada: com ela é que se estará interagindo em qualquer processo de formação e nos processos de inovação educacional.

• Deve ser entendido em sua totalidade, isto é, reconhecer que sua competência envolve as condições existenciais, as relações sociais e familiares, as caract. pessoais, a elaboração da afetividade.

• O lócus privilegiado para a formação permanente do professor é nas instituições acadêmicas tradicionais.

Os docentes na atualidade sofrem a influência de fatores sociais diversos que têm provocado neles uma crise de identidade associada à autodepreciação pessoal e profissional, resultando em um processo de desajuste, no que diz respeito ao significado do seu trabalho.

Entre esses fatores, convém salientar, EXCETO:

• o aumento das exigências profissionais, a visível desvalorização do seu trabalho sem a contrapartida de políticas de adaptação, sobretudo nos programas de formação dos professores.

• a massificação do ensino e o aumento das responsabilidades docentes que afetam as condições de trabalho e evidenciam a carência de recursos materiais.

• a prática diária do professor que sofre influência do contexto determinado em que trabalha, desde as reformas, os regimentos, os horários, a organização espaçotemporal, até os programas e os livros didáticos, deixando, muitas vezes, pouco espaço à autonomia.

• a autonomia didático-pedagógica do professor, chamado a usar seu conhecimento e sua criatividade na gestão do ensino e na resolução dos problemas diários.

“A formação continuada deve estar articulada com desempenho profissional dos professores, tomando as escolas como lugares de referência. Trata-se de um objetivo que só adquire credibilidade se os programas de formação se estruturarem em torno de problemas e de projetos de ação e não em torno de conteúdos acadêmicos” (NÓVOA, 1991, p.30).

Sobre formação docente continuada, é possível afirmar que:

• a formação inicial é suficiente para formar um professor, sendo que recursos devem ser direcionados para ela, prioritariamente.

• a formação acadêmica e o saber da experiência se conciliam na formação do professor.

• as etapas do desenvolvimento profissional ou de ciclos de vida docente não impactam na formação, por isso não precisam ser considerados.

• formação continuada diz respeito à composição de momentos de formação do professor durante sua atuação profissional e encerra-se quando tenha adquirido todas as competências para (bem) ensinar.

Considerando-se as reflexões a respeito das questões sobre gênero, marque a alternativa INCORRETA:

• O termo gênero se refere às diferenças biológicas e naturais dos seres humanos.

• O termo gênero faz referência a uma construção cultural, enfatizando o caráter social e histórico das diferenças sexuais.

• Vários elementos estão envolvidos na constituição das relações de gênero, tais como a organização política, econômica e social.

• A referência a gênero leva a pensar nas maneiras como as sociedades entendem o que é “ser homem” e “ser mulher”, o que consideram “masculino” e “feminino”.

Silva e Tosta (2012) utilizam a Historia Oral de Vida e da Observação sistemática do cotidiano como metodologias para a realização da pesquisa com os homens-professores.

É correto afirmar, portanto, que a História Oral:

• parte da memória de sujeitos e busca resgatar eventos que marcaram sua vida a fim de (re)constituir fatos e eventos importantes para os mesmos ou para um grupo ou coletividade.

• deturpa a verdade histórica, uma vez que a memória é seletiva.

• amplia a subjetividade histórica e obstaculiza que os sujeitos se percebam inseridos no processo histórico.

• prejudica a história oficial, uma vez que, sem o apoio de documentos oficiais, a reconstituição histórica é impossível.

Sobre o conceito de identidade, podemos afirmar, EXCETO:

• As identidades podem ser sempre (re)construídas e partem das escolhas dos sujeitos, de suas preferências e vivências, forjadas na dialética entre sujeito e sociedade.

• as estruturas sociais repercutem fortemente na constituição das identidades, haja vista que as mesmas têm forte atribuição social.

• os sujeitos possuem identidades múltiplas, que se transformam continuamente e tem como constituintes o gênero, sexo, profissão, classe social, dentre outros marcadores.

• as identidades se tratam de uma construção social, na qual a representação que o sujeito tem de si é o que de fato importa para seu reconhecimento.