Entre os temas desenvolvidos pela cultura renascentista, há um que se mantém presente até hoje — a utopia —, despertando atenção, principalmente, em finais de século.

Assinale a opção que se refere à ideia de utopia defendida no século XVI:

• A ideia de utopia expressa por São Francisco de Assis nas suas lições sobre a natureza dos homens e dos animais.

• A ideia de utopia que revelava o caráter de oposição da Igreja ao novo tempo mundano e secular da Renascença.

• A ideia de utopia apresentada por Maquiavel em sua obra, O príncipe, na qual defendeu o republicanismo.

• A ideia de utopia exposta por Thomas Morus, na qual criticava os humanistas que reivindicavam a autoridade soberana do príncipe.

Quando reconsidero ou observo os Estados florescentes, não vejo neles, Deus me perdoe, senão urna espécie de conspiração dos ricos para cuidar de seus interesses pessoais.

MORUS, Thomas. A utopia. Porto Alegre, L&PM, 1997. p. 163.

Esse trecho do livro A utopia, de Thomas Morus, publicado em 1516, no qual o autor descreve um lugar imaginário sem propriedade privada nem dinheiro, onde prevalece a preocupação com a felicidade coletiva, deve ser atribuído ao seguinte movimento:

• Renascimento, movimento de renovação cultural que se preocupava com o homem e sua organização social. anarquismo, que pregava a destruição do Estado.

• anarquismo, que pregava a destruição do Estado

• Iluminismo, que propunha a divisão dos três poderes: Legislativo, Executivo e judiciário.

• Reforma Protestante, que questionava o poder da Igreja de Roma de interferir nas políticas nacionais.

O britânico Thomas Morus escreveu Utopia, sua grande obra

Aponte a característica presente na obra desse pensador:

• Permitiu que se pensasse a sociedade, pela primeira vez, de forma objetiva e analítica, resultando de interpretações religiosas.

• Permitiu que se pensasse a sociedade de acordo com a ideologia socialista, mantendo a influência de interpretações religiosas

• Permitiu que se pensasse a sociedade, pela primeira vez, de forma teocêntrica, não resultando de interpretações objetivas.

• Permitiu que se pensasse a sociedade, pela primeira vez, de forma objetiva e analítica, não resultando de interpretações religiosas.

Para Maquiavel, quando um homem decide dizer a verdade pondo em risco a própria integridade física, tal resolução diz respeito apenas a sua pessoa. Mas se esse mesmo homem é um chefe de Estado, os critérios pessoais não são mais adequados para decidir sobre ações cujas consequências se tornam tão amplas, já que o prejuízo não será apenas individual, mas coletivo. Nesse caso, conforme as circunstâncias e os fins a serem atingidos, pode-se decidir que o melhor para o bem comum seja mentir.

O texto aponta uma inovação na teoria política na Época Moderna expressa na distinção entre:

• idealidade e efetividade da moral.

• nulidade e preservabilidade da liberdade

• ilegalidade e legitimidade do governante.

• verificabilidade e possibilidade da verdade.

Para Maquiavel, a ação política não deve ser julgada por meio de critérios diferentes dos de conveniência e oportunidade. De acordo com essa afirmação, pode-se concluir que o governante deve agir de acordo com critérios:

• que dependem da ética, devendo ser orientado por princípios morais válidos universalmente.

• que dependem da religião, conduzidos por parâmetros ditados pela Igreja.

• que independem da moral e da religião, conduzidos por ações restritas ao meio político.

• que independem das pretensões dos governantes de realizar os interesses do Estado

Sobre o estado de natureza, é incorreto dizer que:

• os acordos entre os homens em geral são instáveis.

• é favorável às atitudes individualistas e de julgamento próprio

• os homens vivem em harmonia.

• predominam os conflitos em razão da dificuldade de conciliação das ambições individuais.

É evidente que, durante o tempo em que os homens vivem sem um poder comum que os mantenha subjugados, eles se encontram naquela condição que é chamada de guerra; e essa guerra é uma guerra de cada homem contra cada outro homem.

HOBBES apud BOBBIO, Norberto. Thomas Hobbes. Rio de Janeiro: Ed. Campus, 1991. p. 35.

Seguindo a lógica explícita no texto:

• para Hobbes, a guerra é uma situação anterior ao estado de natureza.

• em Hobbes, a guerra de todos contra todos é compatível com um poder comum.

• um poder comum, segundo Hobbes, mantém os homens no estado de natureza.

• Hobbes associa, em suas reflexões, a situação de guerra e o estado de natureza.

Segundo Hobbes (1588-1679), podemos definir estado de natureza como sendo a condição em que:

• reina o medo entre os indivíduos que temem a morte violenta, que vivem isolados e em luta permanente, guerra de todos contra todos.

• todos são proprietários de suas vidas, de seus corpos, de seus trabalhos, portanto, todos são proprietários.

• os homens são bons, “bons selvagens inocentes”, vivendo em estado de felicidade original.

• todos são bons por natureza, mas a vida em sociedade os corrompe

As teorias de Maquiavel e Hobbes foram fundamentais para o estabelecimento do absolutismo, a consolidação do Estado Moderno e para mudanças nas relações políticas da Europa. Dentre as ideias básicas de Hobbes, podemos destacar:

• a preocupação com a política, que não impediu a produção de obras literárias importantes para sua época dentro de uma perspectiva artística.

• a preocupação com a centralização do poder político, funda- mental para a posterior consolidação do Estado Moderno.

• a necessidade de educar o ser humano, para que ele retomasse sua boa relação com a natureza e transformasse a vida social da sua época.

• a crença na capacidade de se estabelecerem relações harmoniosas entre os povos, desenvolvendo-se o comércio e os negócios públicos.

A palavra __________ corresponde a um país soberano, politicamente organizado em um território.

Qual dos termos abaixo preenche corretamente a lacuna?

• Estado

• província

• país

• território