Governos populistas do Brasil

A respeito das posições assumidas pelo governo do General Eurico Dutra, pode-se dizer corretamente:

• alinhando-se totalmente com o bloco liderado pelos EUA, no contexto de fermentação da Guerra Fria, Dutra procurou meios para perseguir ou neutralizar a influência dos comunistas.

• no contexto da redemocratização, Dutra instalou um governo amplo, democrático, que permitia todas as manifestações políticas, inclusive dos comunistas.

• Dutra, apesar de ter sido eleito pelo voto popular, reforçou as instituições e métodos do Estado Novo, fechando o Congresso e outorgando uma nova Constituição.

• apesar do apoio aos EUA durante a guerra, Dutra procurou manter uma posição independente no plano internacional.

A democracia brasileira, instaurada no Brasil em 1946, após a promulgação da Constituição, foi ameaçada, pelo presidente Dutra em razão da sua ação política que

• perseguiu os integralistas e tornou sua agremiação ilegal por serem opositores do governo.

• se alinhou à Ex-União Soviética, levando os Estados Unidos a pressionarem economicamente o Brasil.

• desenvolveu uma política econômica planificada, provocando a insatisfação das multinacionais.

• colocou o partido comunista brasileiro na ilegalidade, cassando os parlamentares eleitos pela sigla.

O Plano SALTE (iniciais de Saúde, Alimentação, Transporte e Energia) instituído pelo governo de Eurico Gaspar Dutra, a partir de 1947, visava

• pagar a dívida externa brasileira.

• estabelecer uma coordenação dos gastos do Estado brasileiro.

• dividir entre os camponeses as grandes propriedades fundiárias.

• reconhecer as organizações sindicais operárias.

A criação da Petrobrás, empresa controlada pela União e administradora do monopólio do petróleo, foi representativa da política econômica adotada por Getúlio Vargas (1951-1954), que:

• Atraiu capitais estrangeiros para acelerar o crescimento industrial.

• Imprimiu ao país uma orientação nacionalista.

• Priorizou o crédito ao setor agrícola através do BNDE.

• Contou com amplo apoio do empresariado nacional e multinacional.

Durante o governo de Getúlio Vargas (1951-1954), a política econômica era marcadamente nacionalista. A adoção de uma política voltada para os interesses da nação determinou:

• O choque com os interesses imperialistas, principalmente o norte-americano, já que os países capitalistas, durante a Guerra Fria, se agrupavam sob a direção e de acordo com os interesses dos Estados Unidos.

• O estremecimento das relações entre Vargas e os EUA. Mas o presidente norte-americano, Eisenhower, viu-se impossibilitado de não conceder os empréstimos prometidos, para não perder um aliado na América.

• A falência dos projetos ligados à criação de empresas estatais, que monopolizariam setores importantes da nossa economia, dada a falta de capital estrangeiro.

• A retomada de uma campanha liderada pelo próprio presidente, que denunciava a remessa de lucros para o exterior por parte das empresas nacionais.

A criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE), para recolher fundos para a criação de empresas estatais de energia, transporte, siderurgia; a criação do Instituto Brasileiro do Café (IBC) e a do Ministério da Saúde (que se desliga do Ministério da Educação); a formulação de um Plano Geral de Industrialização; a criação do Serviço de Bem-Estar Social, do Instituto de Migração e Colonização, do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) foram realizações:

• do governo de Getúlio Vargas (1951- 1954).

• do governo de Eurico Dutra (1946-1950).

• do governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961).

• do governo de João Goulart (1961-1964).

Dentre as realizações que marcaram o último Governo de Getúlio Vargas (1951-1954), e que se tornaram importantes para o desenvolvimento econômico do país, pode-se citar:

• A transferência da Capital Federal para Brasília e a criação do território federal de Fernando de Noronha.

• O programa de integração econômica da Amazônia, com a instalação do porto livre de Manaus e a criação dos territórios federais do Amapá, Rio Branco, Guaporé e Iguaçu.

• A instalação da indústria automobilística no país e a criação pelo Estado da Usina Siderúrgica de Volta Redonda.

• O estabelecimento do monopólio da extração e da refinação do petróleo.

O programa desenvolvimentista conhecido como Plano Metas ou Programa de Metas, elaborado no governo presidente Juscelino Kubitschek, consistia em várias metas agrupadas em cinco setores:

• Energia, Comércio, Exportação, Habitação e Alimentação

• Transportes, Energia, Indústria, Educação e Alimentação

• Agricultura, Exportação, Saúde, Transporte e Emprego.

• Indústria, Comércio, Saúde, Habitação e Educação.

O Governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961) foi marcado pela ideologia do desenvolvimento e pelo processo de substituição de importações. Em função de implicações externas, o Plano de Metas intensificou ainda mais.

• o mercado de trabalho e o crescimento econômico regional equilibrado.

• a interiorização do progresso e as medidas contra o êxodo do campo.

• a internacionalização e a dependência da economia brasileira.

• o abuso de exportação de capitais e a independência econômica do país.

"O sucesso da política econômica de Kubitschek foi o resultado direto de seu sucesso no sentido de manter a estabilidade política. (...) O segredo residia na marcante habilidade de Kubitschek em encontrar alguma coisa para cada um, enquanto evitava qualquer conflito direto com seus inimigos. Este estilo político não envolvia mudanças fundamentais. Pelo contrário, Kubitschek utilizava-se do próprio sistema a fim de ganhar apoio".

(Thomas Skidmore - "Brasil: de Getúlio a Castelo". p. 207).

A política econômica referida no texto é:

• o Plano Cruzado, que tinha por objetivo combater a inflação.

• o Plano de Metas, que consagrava a política nacional-desenvolvimentista.

• o Plano Trienal, que previa reformas econômicas estruturais.

• o Plano SALTE, cujas propriedades eram saúde, alimentação, transporte e energia.