REVISÃO PARA A PS - LIT - 9º ANO

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1st Grade

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REVISÃO PARA A PS - LIT - 9º ANO

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Assessment

Quiz

Arts, Education

1st Grade

Hard

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Paulo Neto

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5 questions

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1.

MULTIPLE CHOICE QUESTION

3 mins • 1 pt

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Canção


No desequilíbrio dos mares,

as proas giram sozinhas…

Numa das naves que afundaram

é que certamente tu vinhas.


Eu te esperei todos os séculos

sem desespero e sem desgosto,

e morri de infinitas mortes

guardando sempre o mesmo rosto.


Quando as ondas te carregaram

meus olhos, entre águas e areias,

cegaram como os das estátuas,

a tudo quanto existe alheias.


Minhas mãos pararam sobre o ar

e endureceram junto ao vento,

e perderam a cor que tinham

e a lembrança do movimento.


E o sorriso que eu te levava

desprendeu-se e caiu de mim:

e só talvez ele ainda viva

dentro destas águas sem fim.


MEIRELES, C. In: SECCHIN, A. C. (Org.). Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.


Na composição do poema, o tom elegíaco e solene manifesta uma concepção de lirismo fundada na

contradição entre a vontade da espera pelo ser amado e o desejo de fuga.

expressão do desencanto diante da impossibilidade da realização amorosa.

associação de imagens díspares indicativas de esperança no amor futuro.

recusa à aceitação da impermanência do sentimento pela pessoa amada.

2.

MULTIPLE CHOICE QUESTION

3 mins • 1 pt

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Com base no poema abaixo, assinale a alternativa INCORRETA.


4º MOTIVO DA ROSA – Cecília Meireles


Não te aflijas com a pétala que voa:

também é ser, deixar de ser assim.


Rosas verás, só de cinza franzida,

mortas, intactas pelo teu jardim.


Eu deixo aroma até nos meus espinhos,

ao longe, o vento vai falando em mim.


E por perder-me é que me vão lembrando,

por desfolhar-me é que não tenho fim.

As palavras do poema, na maioria, têm sentido metafórico e, conotativamente, “rosa” simboliza a mulher.

O poema enaltece a beleza da juventude – rosa/mulher – que, por não perder suas pétalas – atrativos –, sempre será lembrada.

As antíteses dos versos 2, 7 e 8 acentuam o dualismo da relação morte e vida, fim e renascimento.

Formado por quatro dísticos, o poema se organiza em forma de apóstrofe a um interlocutor não definido.

3.

MULTIPLE CHOICE QUESTION

3 mins • 1 pt

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Consoada.


Quando a Indesejada das gentes chegar

(Não sei se dura ou caroável),

Talvez eu tenha medo.

Talvez sorria, ou diga:

– Alô, iniludível!

O meu dia foi bom, pode a noite descer.

(A noite com os seus sortilégios.)

Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,

A mesa posta,

Com cada coisa em seu lugar.


BANDEIRA, Manuel. Consoada. Antologia Poética. Porto Alegre: L&PM, 2012. p. 133.


Sobre esses versos de Manuel Bandeira, está correto o que se afirma em

Mostram uma dissociação entre a realidade concreta e a presumível.

Sintetizam o mascaramento da angústia como solução diante do inevitável.

Revelam a instabilidade do sujeito poético diante da transitoriedade da vida.

Tematizam, metafórica e eufemisticamente, a morte, que é aceita, embora não desejável.

4.

MULTIPLE CHOICE QUESTION

3 mins • 1 pt

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RETRATO


Eu não tinha este rosto de hoje,

Assim calmo, assim triste, assim magro,

Nem estes olhos tão vazios,

Nem o lábio amargo

Eu não tinha estas mãos sem força,

Tão paradas e frias e mortas;

Eu não tinha este coração

Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,

Tão simples, tão certa, tão fácil:

– em que espelho ficou perdida

a minha face?


MEIRELES, Cecília. Obra Poética de Cecília Meireles. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1958.


Sobre os versos do poema “Retrato”, de Cecília Meireles, é correto afirmar que

o poema traz referência à perda de todos os sentidos humanos, ocasionada pelo envelhecimento.

a visão do eu lírico oscila entre o pessimismo e o otimismo ante a efemeridade do tempo.

o tom melancólico se desfaz no décimo verso, quando o eu lírico constata a inevitabilidade da transformação física.

o eu lírico sente-se perplexo diante da consciência tardia das mudanças trazidas pela passagem do tempo.

5.

MULTIPLE CHOICE QUESTION

3 mins • 1 pt

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O poema abaixo, de Cecília Meireles, trata da postura do poeta perante a vida e utiliza um jogo de antíteses (ideias contrárias postas em oposição). Leia-o para responder a questão que se segue.


Motivo


Eu canto porque o instante existe

e a minha vida está completa.

Não sou alegre nem sou triste:

sou poeta.


Irmão das coisas fugidias,

não sinto gozo nem tormento.

Atravesso noites e dias

no vento.


Se desmorono ou se edifico,

se permaneço ou me desfaço,

— não sei, não sei. Não sei se fico

ou passo.


Sei que canto. E a canção é tudo.

Tem sangue eterno a asa ritmada.

E um dia sei que estarei mudo:

— mais nada.


(Meireles, Cecília. “Motivo”. In Viagem. Lisboa: Editorial Império, 1939)


Segundo o texto, é CORRETO afirmar que:

A vida do poeta oscila entre alegrias e tristezas, que vão refletir-se na sua poesia.

O poeta escreve para preencher um vazio existencial, que resulta de uma incapacidade de sentir alegria ou tristeza verdadeiras.

Na estrofe final, tem-se uma antevisão da morte do poeta e da permanência de sua poesia.

O poeta valoriza o papel de sua obra na construção de uma nova realidade, o que lhe confere um caráter permanente.