Fala X escrita - Enem - Unifesp

Fala X escrita - Enem - Unifesp

1st Grade

7 Qs

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Fala X escrita - Enem - Unifesp

Fala X escrita - Enem - Unifesp

Assessment

Quiz

Education

1st Grade

Hard

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Ana Martins

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7 questions

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1.

MULTIPLE CHOICE QUESTION

30 sec • 1 pt

ENEM 2015

As narrativas indígenas se sustentam e se perpetuam por uma tradição de transmissão oral (sejam as histórias verdadeiras dos seus antepassados, dos fatos e guerras recentes ou antigos; sejam as histórias de ficção, como aquelas da onça e do macaco). De fato, as comunidades indígenas nas chamadas “terras baixas da América do Sul” (o que exclui as montanhas dos Andes, por exemplo) não desenvolveram sistemas de escrita como os que conhecemos, sejam alfabéticos (como a escrita do português), sejam ideogramáticos (como a escrita dos chineses) ou outros. Somente nas sociedades indígenas com estratificação social (ou seja, já divididas em classes), como foram os astecas e os maias, é que surgiu algum tipo de escrita. A história da escrita parece mesmo mostrar claramente isso: que ela surge e se desenvolve – em qualquer das formas – apenas em sociedades estratificadas (sumérios, egípcios, chineses, gregos, etc.). O fato é que os povos indígenas no Brasil, por exemplo, não empregavam um sistema de escrita, mas garantiram a conservação e continuidade dos conhecimentos acumulados, das histórias passadas e, também, das narrativas que sua tradição criou, através da transmissão oral. Todas as tecnologias indígenas se transmitiram e se desenvolveram assim. E não foram poucas: por exemplo, foram os índios que domesticaram plantas silvestres e, muitas vezes, venenosas, criando o milho, a mandioca (ou macaxeira), o amendoim, as morangas e muitas outras mais (e também as desenvolveram muito; por exemplo, somente do milho criaram cerca de 250 variedades diferentes em toda a América).

D’Angelis, W. R. Histórias dos índios lá em casa: narrativas indígenas e tradição oral popular no Brasil. Disponível em: www.portalkaingang.org. Acesso em: 5 dez. 2012.

A escrita e a oralidade, nas diversas culturas, cumprem diferentes objetivos. O fragmento aponta que, nas sociedades indígenas brasileiras, a oralidade possibilitou:

  1. a conservação e a valorização dos grupos detentores de certos saberes.

  1. a preservação e a transmissão dos saberes e da memória cultural dos povos.

  1. a manutenção e a reprodução dos modelos estratificados de organização social.

  1. a restrição e a limitação do conhecimento acumulado a determinadas comunidades.

  1. o reconhecimento e a legitimação da importância da fala como meio de comunicação.

2.

MULTIPLE CHOICE QUESTION

30 sec • 1 pt

UNIFESP (adaptada)

INSTRUÇÃO: Leia o texto para responder à questão.

Crescia naturalmente

Fazendo estripulia,

Malino e muito arguto,

Gostava de zombaria.

A cabeça duma escrava

Quase arrebentei um dia.

E tudo isso porque

Um doce me havia negado,

De cinza no tacho cheio

Inda joguei um punhado,

Daí porque a alcunha

De “Menino Endiabrado”.

Prudêncio era um menino

Da casa, que agora falo.

Botava suas mãos no chão

Pra poder depois montá-lo:

Com um chicote na mão

Fazia dele um cavalo.

(Varneci Nascimento. Memórias póstumas de Brás Cubas em cordel.)

A versão modificada, adaptada à oralidade — como usualmente se dá na produção da literatura de cordel — apresenta termos semelhantes aos do texto original de Machado de Assis, que podem ser identificados em todas as palavras da alternativa

malino, botava, inda, pra.

estripulia, zombaria, inda, daí.

zombaria, botava, inda, pra.

malino, botava, zombaria, daí.

3.

MULTIPLE CHOICE QUESTION

30 sec • 1 pt

Enem 2015

Mudança linguística

Ataliba de Castilho, professor de língua portuguesa da USP, explica que o internetês é parte da metamorfose natural da língua.

— Com a internet, a linguagem segue o caminho dos fenômenos da mudança, como o que ocorreu com “você”, que se tornou o pronome átono “cê”. Agora, o interneteiro pode ajudar a reduzir os excessos da ortografia, e bem sabemos que são muitos. Por que o acento gráfico é tão importante assim para a escrita? Já tivemos no Brasil momentos até mais exacerbados por acentos e dispensamos muitos deles. Como toda palavra é contextualizada pelo falante, podemos dispensar ainda muitos outros. O interneteiro mostra um caminho, pois faz um casamento curioso entre oralidade e escrituralidade. O internetês pode, no futuro, até tornar a comunicação mais eficiente. Ou evoluir para um jargão complexo, que, em vez de aproximar as pessoas em menor tempo, estimule o isolamento dos iniciados e a exclusão dos leigos.

Para Castilho, no entanto, não será uma reforma ortográfica que fará a mudança de que precisamos na língua. Será a internet. O jeito eh tc e esperar pra ver?

Disponível em: http://revistalingua.com.br. Acesso em: 3 jun. 2015 (adaptado).

Na entrevista, o fragmento “O jeito eh tc e esperar pra ver?” tem por objetivo

  1. ilustrar a linguagem de usuários da internet que poderá promover alterações de grafias.

  1. mostrar os perigos da linguagem da internet como potencializadora de dificuldades de escrita.

  1. evidenciar uma forma de exclusão social para as pessoas com baixa proficiência escrita.

  1. explicar que se trata de um erro linguístico por destoar do padrão formal apresentado ao longo do texto.

  1. exemplificar dificuldades de escrita dos interneteiros que desconhecem as estruturas da norma padrão.

4.

MULTIPLE CHOICE QUESTION

30 sec • 1 pt

ENEM

Embora particularidades na produção mediada pela tecnologia aproximem a escrita da oralidade, isso não significa que as pessoas estejam escrevendo errado. Muitos buscam, tão somente, adaptar o uso da linguagem ao suporte utilizado: “O contexto é que define o registro de língua. Se existe um limite de espaço, naturalmente, o sujeito irá usar mais abreviaturas, como faria no papel”, afirma um professor do Departamento de Linguagem e Tecnologia do Cefet-MG. Da mesma forma, é preciso considerar a capacidade do destinatário de interpretar corretamente a mensagem emitida. No entendimento do pesquisador, a escola, às vezes, insiste em ensinar um registro utilizado apenas em contextos específicos, o que acaba por desestimular o aluno, que não vê sentido em empregar tal modelo em outras situações. Independentemente dos aparatos tecnológicos da atualidade, o emprego social da língua revela-se muito mais significativo do que seu uso escolar, conforme ressalta a diretora de Divulgação Científica da UFMG: “A dinâmica da língua oral é sempre presente. Não falamos ou escrevemos da mesma forma que nossas avós”. Some-se a isso o fato de os jovens se revelarem os principais usuários das novas tecnologias, por meio das quais conseguem se comunicar com facilidade. A professora ressalta, porém, que as pessoas precisam ter discernimento quanto às distintas situações, a fim de dominar outros códigos.

SILVA JR., M. G.; FONSECA, V. Revista Minas Faz Ciência, n. 51, set.-nov. 2012 (adaptado).

Na esteira do desenvolvimento das tecnologias de informação e de comunicação, usos particulares da escrita foram surgindo.

Diante dessa nova realidade, segundo o texto, cabe à escola levar o aluno a

  1. interagir por meio da linguagem formal no contexto digital.

  1. buscar alternativas para estabelecer melhores contatos on-line.

  1. adotar o uso de uma mesma norma nos diferentes suportes tecnológicos.

  1. desenvolver habilidades para compreender os textos postados na web.

  1. perceber as especificidades das linguagens em diferentes ambientes digitais.

5.

MULTIPLE CHOICE QUESTION

30 sec • 1 pt

Media Image

O desenvolvimento das capacidades físicas (qualidades motoras passíveis de treinamento) ajuda na tomada de decisões em relação à melhor execução do movimento. A capacidade física predominante no movimento representado na imagem é

  1. a velocidade, que permite ao músculo executar uma sucessão rápida de gestos em movimentação de intensidade máxima.

  1. a resistência, que admite a realização de movimentos durante considerável período de tempo, sem perda da qualidade da execução.

  1. a flexibilidade, que permite a amplitude máxima de um movimento, em uma ou mais articulações, sem causar lesões.

  1. a agilidade, que possibilita a execução de movimentos rápidos e ligeiros com mudanças de direção.

  1. o equilíbrio, que permite a realização dos mais variados movimentos, com o objetivo de sustentar o corpo sobre uma base.

6.

MULTIPLE CHOICE QUESTION

30 sec • 1 pt

ENEM

"eu acho um fato interessante… né… foi como meu pai e minha mãe vieram se conhecer… né… que… minha mãe morava no Piauí com toda família… né… meu… meu avô… materno no caso… era maquinista… ele sofreu um acidente… infelizmente morreu… minha mãe tinha cinco anos… né… e o irmão mais velho dela… meu padrinho… tinha dezessete e ele foi obrigado a trabalhar… foi trabalhar no banco… e… ele foi… o banco… no caso… estava… com um número de funcionários cheio e ele teve que ir para outro local e pediu transferência prum local mais perto de Parnaíba que era a cidade onde eles moravam e por engano o… o… escrivão entendeu Paraíba… né… e meu… e minha família veio parar em Mossoró que era exatamente o local mais perto onde tinha vaga pra funcionário do Banco do Brasil e:: ela foi parar na rua do meu pai… né… e começaram a se conhecer… namoraram onze anos… né… pararam algum tempo… brigaram… é lógico… porque todo relacionamento tem uma briga… né… e eu achei esse fato muito interessante porque foi uma coincidência incrível… né… como vieram a se conhecer… namoraram e hoje… e até hoje estão juntos… dezessete anos de casados…"

CUNHA, M. A. F. (Org.) . Corpus discurso & gramática: a língua falada e escrita na cidade do Natal. Natal: EdUFRN, 1998

Na transcrição de fala, há um breve relato de experiência pessoal, no qual se observa a frequente repetição de “né”.

Essa repetição é um(a)

  1. índice de baixa escolaridade do falante.

  1. estratégia típica de manutenção da interação oral.

  1. marca de conexão lógica entre conteúdos na fala.

  1. manifestação característica da fala regional nordestina.

  1. recurso enfatizador da informação mais relevante da narrativa.

7.

MULTIPLE CHOICE QUESTION

30 sec • 1 pt

ENEM

o::... O Brasil... no meu ponto de vista... entendeu? o país só cresce através da educaçao... entendeu? Eu penso assim... então quer dizer... você dando um prioridade pra... pra educação... a tendência é melhor mais... entendeu? e as pessoas... como eu posso explicar assim? as pessoas irem... tomando conhecimento mais das coisas... né? porque eu acho que a pior coisa que tem é a pessoa alienada... né? a pessoa que não tem noção de na::da... entendeu?

Trecho da fala de J. L, sexo masculino, 26 anos, In: VOTRE, S.; OLIVEIRA, M. R. (Coord). A língua falada e escrita na cidade do Rio de Janeiro

Disponível em: www.discursoegramatica.letras.ufrj.br Acesso em: 4 dez. 2012

A língua falada caracteriza-se por hesitações, pausas e outras peculiaridades fala de J. L., indicam que

a modalidade oral apresenta poucos recursos comunicativos, se comparada à modalidade escrita.

a língua falada é marcada por palavras dispensáveis e irrelevantes para o estabelecimento da interpretação.

o enunciador procura interpelar o seu interlocutor para manter o fluxo comunicativo.


o tema tratado no texto tem alto grau de complexidade e é desconhecido do entrevistador.

o falante manifesta insegurança ao abordar o assunto devido ao gênero ser uma entrevista.