LICENCIATURA EM FILOSOFIA

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University

7 Qs

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LICENCIATURA EM FILOSOFIA

LICENCIATURA EM FILOSOFIA

Assessment

Quiz

Philosophy

University

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Aristides Neto

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7 questions

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1.

OPEN ENDED QUESTION

3 mins • 1 pt

TEXTO 1

A imagem especular do próprio corpo é, em certo sentido, a imagem do Outro. Mas os objetos só podem ser percebidos sob condição de que o corpo antecipado e ambiguamente localizado forneça uma imago e uma circunscrição para o eu. “O objeto está sempre mais ou menos estruturado como a imagem do corpo do sujeito. O reflexo do sujeito, sua imagem especular, sempre se acha em algum canto em todo e qualquer quadro perceptivo, e é ele quem lhe confere uma qualidade, uma inércia especial”. Aqui não temos apenas uma descrição da construção social do eu, mas dos modos pelos quais o eu é diferenciado de seu Outro, e de como essa imago, que sustenta e perturba essa diferenciação, gera ao mesmo tempo objetos de percepção. “No plano libidinal, o objeto nunca é apreendido senão através do crivo da relação narcísica.”

BUTLER, J. Corpos que importam: os limites discursivos do “sexo”.  p. 138.

TEXTO 2

“O que foi que tentei fazer entender com o estádio do espelho? […] É a imagem” do corpo do homem “que é o princípio de toda unidade que ele percebe nos objetos. […] é sempre ao redor da sobra errante do seu próprio eu que vão-se estruturando todos os objetos de seu mundo”. Essa função extrapoladora do narcisismo se torna falogocêntrica no momento em que os órgãos supracitados, engajados na relação narcísica, se tornam o modelo ou o princípio pelo qual qualquer outro objeto ou o Outro podem ser conhecidos. A essa altura, os órgãos são concebidos como um “significante privilegiado”. Na órbita desse falogocentrismo emergente, “A Verliebtheit”, estar apaixonado, “é fundamentalmente narcísica. No plano libidinal, o objeto nunca é apreendido senão através do crivo da relação narcísica”.

BUTLER, J. Corpos que importam: os limites discursivos do “sexo”.  p. 141.

A partir das ideias de Judith Butler apresentadas acima, redija um texto acerca da “imagem do próprio corpo do homem”, abordando, necessariamente, os aspectos a seguir.

a)      A imagem do próprio corpo e a imagem do Outro. (4 pontos)

b)      O falocentrismo e a relação libidinal narcisística. (6 pontos)

Evaluate responses using AI:

OFF

2.

MULTIPLE CHOICE QUESTION

30 sec • 1 pt

Ao propor a aula de filosofia como oficina de conceitos, quero justamente enfatizar seu caráter prático, para além de uma mera transmissão de conteúdos de história da filosofia ou de um mero treinamento de competências e habilidades supostamente identificadas com o pensamento filosófico. Falar de oficina de conceitos é falar em experimentação, que remete ao novo, à criação: “Pensar é experimentar, mas experimentação é sempre o que se está fazendo – o novo, o notável, o interessante, que substituem a aparência de verdades e são mais exigentes que ela” (DELEUZE, GUATTARI, 1992,P. 143). Por isso, numa aula de filosofia assim concebida importa mais o processo criativo, a experimentação, fazer o movimento de pensamento, do que o ponto de chegada, a solução do problema, a veracidade do conceito criado. Importa que cada estudante possa passar pela experiência de pensar filosoficamente, de lidar com conceitos criados na história, apropriar-se deles, compreendê-los, recriá-los e, quem sabe, chegar mesmo a criar conceito próprios.

GALLO, S. A filosofia e seu ensino: conceito e transversalidade. In: SILVEIRA, R.J.T., GOTO, R. Filosofia no ensino médio: temas, problemas e propostas. São Paulo: Ed. Loyola, 2007, p. 26

Para Sílvio Gallo, o ensino de filosofia no ensino médio:

aplica métodos tradicionais de transmissão no formato de aulas expositivas.

transmite o conteúdo da história da filosofia

estimula cada estudante a pensar filosoficamente produzindo conceitos de modo criativo

desenvolve atividades para treinamento de competências e habilidades

é espaço para a realização de oficinas sobre temas interdisciplinares

3.

MULTIPLE CHOICE QUESTION

30 sec • 1 pt

Bolas para o racismo! Bolas para o colonialismo! Cheira a bárbaro demais. O senhor Mannoni tem melhor: a psicanálise. Ornamentada de existencialismo, os resultados são surpreendentes: consertam-se a apresentam-se como novos os lugares-comuns mais batidos: explicam-se e legitimam-se os mais absurdos preconceitos: e, magicamente, a nuvem transforma-se em Juna. É melhor escutá-lo. “O destino do Ocidente depara-se com a obrigação de obedecer ao mandamento: “deixarás pai e mãe. Esta obrigação é incompreensível para o Malgaxe. Todo o Europeu descobre em si, a um momento do seu desenvolvimento, o desejo... de romper os seus laços de dependência de se igualar ao pai. O Malgaxe, nunca! Ignora a rivalidade com a autoridade paterna, a “contestação viril”, a inferioridade adleriana, provas que o Europeu deve atravessar e que são como que as formas civilizadas... dos ritos de iniciação pelos quais se atinge a virilidade...”

CÈSAIRE, Aimê. Discurso sobre o colonialismo. Portugal: Sá da costa editores,  1978, p. 46.

Ninguém coloniza inocentemente, que ninguém coloniza impunemente; que uma nação que coloniza, que uma civilização que justifica a colonização - e, portanto, a força - já é uma civilização doente.

CÈSAIRE, A. Discurso sobre o Colonialismo, 1950, p. 15

Considerando as informações apresentadas no texto, avalie as asserções a seguir Césaire afirma sobre o ato de colonizar:

I. Trata de legitimar valores culturas europeus contra o de outros povos

II. Justifica-se por razões econômicas, somente.

III. consiste na dominação doentia, pela força e formas de violência.

IV. traz benefícios mútuos para a civilização

V.     envolve religião e seus imperativos morais

Estão CORRETAS as alternativas:

I, III e V

I, apenas

I, II e IV, apenas

II, apenas

III, apenas

4.

MULTIPLE CHOICE QUESTION

30 sec • 1 pt

De fato, há dois paradigmas da modernidade. a) o primeiro, a partir de um horizonte eurocêntrico, propõe que o fenômeno da modernidade é exclusivamente europeu; b) o segundo paradigma, a partir do horizonte mundial, concebe a modernidade como a cultura do centro do “sistema-mundo”, do primeiro “sistema-mundo” – pela incorporação da Ameríndia -, e como resultado da gestão da dita centralidade. O que chama a atenção (no primeiro) é que o espírito da Europa (germânico) é a verdade absoluta que se determina ou se realiza por si mesma sem dever nada a ninguém. Esta tese, que chamarei de “paradigma eurocêntrico” (por oposição ao paradigma mundial), é a que se impôs não só na Europa ou nos Estados Unidos, mas também em todo o mundo intelectual da periferia mundial.

DUSSEL, E. Ética da Libertação na idade da globalização e da exclusão. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000, p. 51-52. (adaptado)

O “paradigma mundial da modernidade”, que propõe que a Europa, sem ter uma superioridade própria (e se a teve, em algum aspecto particular, não foi a causa da modernidade), pelo descobrimento da Ameríndia em 1492 teve um horizonte geopolítico, econômico, político e cultural que lhe deu uma vantagem comparativa (especificamente sobre o mundo otomano-muçulmano e chinês), a partir de onde acumulou, durante o século XVIII, agora sim, as altas culturas asiáticas. É uma miragem eurocêntrica “antecipar” para a Idade Média europeia a evidente superioridade (especialmente tecnológica) europeia sobre as outras culturas periféricas conseguida no século XVIII.

DUSSEL, E. Ética da Libertação na idade da globalização e da exclusão. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000, p. 635. (adaptado)

Considerando os trechos apresentados e a partir da compreensão de Enrique Dussel a respeito dos paradigmas da modernidade, avalie as asserções a seguir:

I. A modernidade se explica por um  “sistema-mundo” com gerenciamento centralizado

II. O eurocentrismo é discurso paradigmático imposto para a relação com as periferias;

III. O paradigma eurocêntrico é visão distorcida da própria história europeia.

IV. A vantagem europeia sobre os países periféricos só ocorreu no século XVIII.

V. O fortalecimento europeu se consolidou com a acumulação das culturas asiáticas

Estão CORRETAS as alternativas:

I, apenas

II, apenas

III e IV, apenas

IV e V, apenas

Todas estão corretas

5.

MULTIPLE CHOICE QUESTION

30 sec • 1 pt

TEXTO

Percorrei a história de nossos empreendimentos, de nossos estabelecimentos na África ou na Ásia; vereis nossos monopólios de comércio, nossas traições, nosso desprezo sanguinário pelos homens de uma outra cor ou de uma outra crença; a insolência de nossas usurpações, o proselitismo extravagante ou as intrigas de nossos sacerdotes destruir este sentimento de respeito e benevolência que primeiramente tinha obtido a superioridade de nossas luzes e as vantagens de nosso comércio. Mas sem dúvida aproxima-se o instante em que, cessando de mostrar-lhes apenas tiranos e corruptores, nós nos tornaremos para eles instrumentos úteis ou liberadores generosos.

CODORCET, Marquês de. Esboço de um quadro histórico dos progressos do espírito humano. Trad. Carlos Alberto Ribeiro de Moura. Campinas, SP: UNICAMP, 1993, P. 178-9.

Considerando as informações apresentadas no texto, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.

I. Os instrumentos usados para a libertação  dos povos dominados na África e na Ásia foram o monopólio comercial, as atitudes ultrajantes dos europeus em razão da cor da pele e das crenças culturais, a usurpação e o proselitismo, entre outros.

PORQUE

II. o colonialismo europeu, na verdade, se contrapôs a toda forma de violência e práticas desumanizadoras, dado o ótimo em relação à marcha benéfica das luzes, ou seja, do estágio da ciência e das tecnologias.


A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.

As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I

As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I

A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa

A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira

As asserções I e II são proposições falsas

6.

MULTIPLE CHOICE QUESTION

30 sec • 1 pt

Quando falamos em pensamento decolonial nos referimos aos trabalhos de um grupo formado por pesquisadores latino-americanos como Edgardo Lander, Nelson Maldonado Torres, Santiago Castro Gómez, Ramón Grosfoguel, Enrique Dussel, Catherine Walsh, Walter Mignolo, Anibal Quijano e Silvia Rivera Cusicanqui , para citar os mais reconhecidos, que, por diversos meios, chegaram a um conjunto de postulados comuns. Apesar de ser português e de ter sido educado no seu país e nos Estados Unidos, a obra de Boaventura de Sousa Santos, na medida em que tem reivindicado uma epistemologia meridional, pode ser localizada como parte desta proposta. Desde aproximadamente 1998, após uma série de acontecimentos, as ideias que estes autores vinham apresentando separadamente começaram a tomar a forma de um corpus comum, recuperando o conhecimento gerado pela teoria da dependência, pela filosofia da libertação latino-americana e pelo pensamento dos precursores como Frantz Fanon, Aimée Cesaire e Paulo Freire, que desde meados do século XX questionaram o predomínio da visão ocidental e o fato preocupante de que os próprios povos colonizados tornaram suas as categorias de classificação social desenvolvidas pelo conhecimento europeu e americano (Restrepo e Rojas, 2010). O pensamento decolonial parte da diferenciação entre colonização e colonialidade. Enquanto o primeiro denota a apropriação de um território e o domínio das suas cidades e comunidades por uma sociedade conquistadora, o segundo refere-se a uma forma de pensar que reproduz a ideologia dos colonizadores nos povos colonizados, mesmo quando o processo de colonização está concluído . Em outras palavras, argumenta-se que, na América Latina, mesmo quando os processos de colonização terminaram no século XIX, as ideias dos colonizadores continuaram hegemônicas, mesmo no âmbito das ciências sociais, utilizando-se acriticamente dos princípios epistemológicos, os conceitos, categorias e critérios de classificação social produzidos nas sociedades outrora colonizadoras

Guevara, Víctor Manuel Andrade. La Teoría Crítica y el pensamiento decolonial. Revista Mexicana de Ciencias Políticas y Sociales. Universidad Nacional Autónoma de México Nueva Época, Año lxv, núm. 238, enero-abril de 2020, pp. 131-154. (Tradução)


De acordo com o texto, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.

I. Pensamento decolonial denomina um conjunto de postulados comuns de pesquisadores latino-americanos, que forma um corpo comum da teoria da dependência e filosofia da libertação latino-americana, que vem se ampliando.

PORQUE

II. Autores como Frantz Fanon, Aimée Cesaire e Paulo Freire foram precursores da crítica decolonial, mas de modo insuficiente, porque em suas obras ainda fazem uso da epistemologia hegemônica dos colonizadores.

A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.

As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I

As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I

A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira

A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa

As asserções I e II são proposições falsas

7.

MULTIPLE CHOICE QUESTION

30 sec • 1 pt

Media Image

Lugar de fala é a possibilidade de que sujeitos historicamente silenciados possam se expressar e serem ouvidos.

Ribeiro, D. O que é Lugar de Fala?. Letramento, 2017, p. 15

Segundo Djamila Ribeiro, o conceito de “lugar de fala” refere-se a:

A importância de falar em público

A possibilidade de sujeitos historicamente silenciados se expressarem

A necessidade de estudar filosofia

A prática de discursos políticos

A criação de espaços de debate acadêmico