"Os Sertões" de Euclides da Cunha - Preparatório Enem

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"Os Sertões" de Euclides da Cunha - Preparatório Enem

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ALECSANDRO FERNEDA

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1.

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"A Guerra de Canudos (1896-1897) foi um conflito entre o Exército Brasileiro e os seguidores de Antônio Conselheiro, que haviam formado uma comunidade autossuficiente no sertão da Bahia, resultando na destruição do povoado e na morte de milhares de seus habitantes. A situação do Nordeste brasileiro, no final do século XIX, era muito precária. Fome, seca, miséria, violência e abandono político afetavam os nordestinos, principalmente a população mais carente." Considerando o contexto histórico-social do Brasil no final do século XIX, a Guerra de Canudos, conforme descrito no texto, pode ser interpretada como um reflexo direto:

do sucesso da implementação das políticas republicanas de inclusão social no Nordeste.

da estabilidade política e econômica da recém-proclamada República.

da capacidade do governo de dialogar com movimentos populares para evitar conflitos.

das profundas desigualdades sociais e do abandono governamental que caracterizavam o sertão pós-República.

do fortalecimento das oligarquias rurais em detrimento do poder central republicano.

2.

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"A guerra teve como causas principais a miséria no sertão, a concentração de terras, e a oposição religiosa e política ao novo regime. Novos olhares historiográficos enxergam que Canudos foi, na verdade, um dos primeiros movimentos organizados de luta pela terra".

A partir da análise das causas da Guerra de Canudos, o movimento liderado por Antônio Conselheiro pode ser mais adequadamente compreendido como:

uma rebelião puramente religiosa, desprovida de motivações sociais ou políticas.

um foco monarquista isolado, sem conexão com as demandas da população sertaneja.

uma manifestação complexa de resistência socioeconômica e política, disfarçada de fanatismo religioso, em resposta à opressão.

um conflito impulsionado exclusivamente pela seca e pela fome, sem influência de questões fundiárias.

uma tentativa do governo de centralizar o poder, ignorando as particularidades regionais.

3.

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"Os Sertões" é uma das obras mais emblemáticas do escritor pré-modernista Euclides da Cunha (1866-1909), publicada em 1902. A obra regionalista narra os acontecimentos da sangrenta Guerra de Canudos, liderada por Antônio Conselheiro (1830-1897), que ocorreu no interior da Bahia, durante 1896 e 1897. Trata-se de um relato histórico mesclado à literatura, posto que Euclides foi convidado pelo Jornal Estado de São Paulo para cobrir a guerra no Arraial de Canudos e nesse momento, surgiu sua obra. A obra "Os Sertões" é um marco do Pré-Modernismo brasileiro. Uma de suas características mais inovadoras, evidenciada no texto, é:

idealização do sertanejo como herói nacional, seguindo a tradição romântica.

linguagem poética e subjetiva, distanciando-se da realidade social.

fusão de gêneros, combinando relato histórico, jornalismo e literatura.

defesa explícita do regime monárquico e da Igreja Católica.

abordagem ufanista do Brasil, exaltando suas belezas naturais e seu povo.

4.

MULTIPLE CHOICE QUESTION

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"A obra possui um caráter crítico e realista nunca antes abordado por um literato do Brasil, donde Euclides por meio de uma linguagem cientificista recrimina o nacionalismo e ufanismo exacerbado da sociedade brasileira da época, mostrando a face cotidiana e realista do país e das pessoas que o compõem. De tal modo, trata-se de uma prosa científica e artística, acabando com essa visão idealista do índio herói e do negro trabalhador, abordado com entusiasmo pelos escritores do romantismo." Em relação ao estilo e à temática, "Os Sertões" rompe com as tradições literárias anteriores, como o Romantismo e o Parnasianismo, ao apresentar um(a):

retorno à valorização do lirismo e da subjetividade individual.

nacionalismo idealizado, focado na exaltação das belezas naturais.

linguagem rebuscada e hermética, priorizando a forma sobre o conteúdo.

crítica ao ufanismo e ao idealismo, com uma abordagem realista e cientificista da realidade brasileira.

foco exclusivo na vida urbana e nos costumes da elite, ignorando o interior do país.

5.

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"Os Sertões, de Euclides da Cunha, fundamenta os seus princípios teóricos e metodológicos nas teorias positivistas, no Evolucionismo Social e no Determinismo. Assentado nesses princípios, Euclides declina as suas interpretações do Brasil, em geral, e do Sertão nordestino, em particular." "A obra é dividida em 3 partes, as quais são constituídas por diversos capítulos: A Terra. O Homem. A Luta." A estrutura tripartite de "Os Sertões" (A Terra, O Homem, A Luta) reflete diretamente a influência das teorias deterministas, pois:

cada parte representa um gênero literário distinto, sem conexão temática.

a ordem dos capítulos é aleatória, sem seguir uma lógica científica.

o ambiente (Terra) molda o indivíduo (Homem), que por sua vez determina os eventos históricos (Luta).

a obra nega qualquer influência do meio ou da raça sobre o comportamento humano.

a divisão é meramente estética, sem propósito teórico ou metodológico.

6.

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"O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Ele possui características próprias que o tornam excepcionalmente adaptado à região árida do sertão, suportando o martírio da seca. Somente ele conhece os caminhos, a terra, as plantas e os animais do sertão, conseguindo aliar-se a tudo isso para garantir sua sobrevivência, mesmo que isso signifique passar o dia com apenas um copo d'água." A representação do sertanejo em "Os Sertões" desafia visões simplistas, destacando sua complexidade. O trecho acima evidencia que o sertanejo é caracterizado, principalmente, por sua:

capacidade de adaptação e resiliência, forjadas pelo ambiente hostil.

passividade e resignação perante o abandono governamental.

fragilidade diante das adversidades climáticas do sertão.

dependência exclusiva de auxílio externo para sua sobrevivência.

ausência de conhecimento sobre a fauna e flora locais.

7.

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"Euclides da Cunha concordava com a tese de que a mistura de raças diferente seria prejudicial, porém admitia que os sertanejos conseguiram mesmo assim, formar uma raça forte, devido ao isolamento do deserto, o que fez com que a mestiçagem fosse uniforme. Considerava sim que a mestiçagem enfraquecia as raças, mas era inevitável." A visão de Euclides da Cunha sobre a miscigenação do sertanejo, apesar de suas premissas deterministas da época, revela uma contradição ao:

afirmar que a miscigenação resultou em uma raça fraca e desorganizada.

ignorar completamente a influência do meio ambiente na formação do homem.

reconhecer a formação de uma "raça forte" a partir da miscigenação, mesmo considerando-a prejudicial.

defender a pureza racial como ideal para a formação da identidade nacional.

atribuir a força do sertanejo apenas à sua origem europeia.

8.

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Na Guerra de Canudos, os sertanejos demonstram uma lealdade inabalável a Antônio Conselheiro, seguindo-o porque ele lhes dava valor em sua terra, sentindo-se 'inexistentes, estrangeiros em seu próprio país' diante do governo. Eles enfrentaram o Exército com 'coragem' e simplicidade, usando 'paus e pedras' contra uma tropa armada, desmoralizando os soldados em várias ocasiões.

fanatismo religioso cego, sem qualquer motivação social ou política.

submissão passiva à autoridade do líder, sem questionamento.

busca por benefícios econômicos imediatos, oferecidos pelo líder messiânico.

resistência política e afirmação de identidade, em resposta ao abandono e à invisibilidade estatal.

apoio à monarquia, visando a restauração do regime imperial.

9.

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"O conflito encenado em Canudos pode ser considerado paradigmático na trama nacional. Percebe-se nesse episódio um corte daquilo que se pode chamar de história de longa duração, porque o Brasil que avançava rumo à civilização descobriu o Brasil que, a princípio, foi considerado apenas um obstáculo que precisava ser eliminado em nome da corrida pelo progresso e da consolidação da República. No entanto... válida para discutir as coisas concernentes ao Brasil ainda hoje e, se pensarmos realmente em buscar soluções para os problemas brasileiros, principalmente com relação à pobreza e à desigualdade..." A ressignificação de "Os Sertões" no contexto social do Brasil contemporâneo reside, principalmente, no fato de a obra:

ser um documento histórico que não possui mais relevância para os problemas atuais.

apresentar uma visão idealizada do sertão, descolada da realidade brasileira.

servir como um espelho para a persistência das desigualdades sociais e da violência estatal contra populações marginalizadas.

defender a ideia de que o progresso civilizatório deve sempre eliminar os obstáculos tradicionais.

ser uma mera narrativa de guerra, sem implicações para a compreensão da identidade nacional.