Considerando os pressupostos estebelecidos entre a sociedade, ciência e tecnologia, merecem atenção os dilemas da democracia e o papel da educação ao colocar o ser humano em interação com os aspectos culturais da sociedade, como o uso da tecnologia, e permitir negociar com eles por meio de ampla participação social. A partir da obra de Dewey, filósofo e pedagogo norte-americano que se dedicou a estudar práticas educativas na construção de ambientes democráticos, afirmam que educação e democracia estão tão intimamente próximas uma da outra que transcendem uma mera “dialética indivíduo-sociedade”, apontando para o que chamam de “nova utopia futurista”, um cenário caracterizado pela razão tecnológica, mapeamento da sociedade pelo big data, consumo exagerado, individualismo e hegemonia da aparência sobre o conteúdo, que contribuem para debilitar os valores éticos que cimentaram a democracia. Para os autores, os avanços na comunicação estão sendo acompanhados por movimentos de retrocesso no pensamento, caracterizados pela nostalgia dos paraísos perdidos, das sociedades isoladas, e pela busca de pureza étnica, que visam aniquilar o que é diferente. Rejeitando que o humano se constrói socialmente, alguns grupos têm se voltado apenas para seus nichos, fazendo circular, com intensidade, dizeres associados ao racismo, à misoginia, à xenofobia, ao nacionalismo, a dogmatismos político e religioso, entre outras formas de discriminação. A hiperconexão, ao mesmo tempo em que aparenta sensação de acesso democrático ao consumo e à produção de informação, dá espaço, com alta reprodutibilidade, a ideais antidemocráticos. Analisando a proposta desenvolvida neste enunciado é correto defender que: