9º ano Revisão 3ª AAS

Os cientistas políticos gostam de falar em “dilemas de segurança”, situações em que um Estado age para aumentar a própria segurança, mas, ao fazê-lo, diminui a de um ou mais outros Estados [...]. Como as relações anglo-americanas com a União Soviética tinham caído nesse padrão, bem antes do fim da Segunda Guerra Mundial, fica difícil dizer precisamente quando começou a Guerra Fria. Não houve ataques de surpresa, não houve declarações de guerra, sequer ameaças de rompimento de relações diplomáticas. Todavia, surgiu uma crescente sensação de insegurança nos mais altos escalões em Washington e Moscou. No texto, o autor faz referência ao início de um conflito mundial que ficou marcado pela

• a) ausência de disputas territoriais.

• b) extinção dos governos totalitários.

• c) oposição ao fundamentalismo islâmico.

• d) rivalidade entre capitalismo e comunismo.

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A Guerra Fria foi um conflito ideológico marcado pela polarização política, econômica e militar. Entretanto, como pode ser observado no texto, não houve um enfrenta‑ mento direto entre as duas grandes potências envolvidas – Estados Unidos e União Soviética. Sendo assim, a Guerra Fria foi caracterizada pela rivalidade entre dois sistemas ideológicos e econômicos: o capitalismo e o comunismo.

Mohandas Karamchand Gandhi (1869-1948) iria acabar conseguindo mobilizar as aldeias e bazares da Índia, às dezenas de milhões, em grande parte com o mesmo apelo ao nacionalismo da espiritualidade hindu [...]. Ele inventou o político como santo, a revolução pelo ato coletivo de passividade (“não cooperação não violenta”). Ao tratar do envolvimento de Gandhi no processo de independência da Índia, o autor do texto indica que a atuação desse líder foi caracterizada pelo(a)

• a) fragilização do regime imperial por meio de ataques militares.

• b) resistência ao domínio inglês por meio da desobediência civil.

• c) interferência religiosa por meio de alianças com muçulmanos.

• d) fortalecimento econômico por meio do aumento de impostos.

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Mohandas Gandhi liderou uma luta emancipacionista que se baseava, principalmente, em dois grandes princípios: o da não violência e o da desobediência civil. Dessa forma, ao longo de sua trajetória, ele propôs ações que iam desde o boicote aos produtos ingleses até o não paga‑ mento de impostos, buscando gerar um enfraquecimento do domínio britânico na Índia.

Eu tinha cinco anos, quase seis, quando Nelson Mandela saiu da prisão. Eu me lembro de assistir na TV e de todos estarem felizes. Não entendia o motivo de tanta felicidade, só que estávamos felizes. Eu tinha noção de que havia algo chamado apartheid e que isso estava chegando ao fim, o que era muito importante, mas não entendia a complexidade da situação. O relato apresentado faz referência ao término de um regime que foi implementado na África do Sul, durante o século XX, e que promovia um(a)

• a) conflito entre tútsis e hútus.

• b) combate aos princípios sionistas.

• c) perseguição aos grupos socialistas.

• d) segregação entre brancos e negros.

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O apartheid foi um regime implementado na África do Sul o qual legitimava práticas racistas, promovendo uma grande segregação entre brancos e negros. Essa separação ocorria em diversas esferas, desde a proibição da ocupação dos mesmos espaços físicos até a divisão trabalhista. No texto, o autor relata a alegria de uma parte da população com o término do regime, o que, para a população negra, representava o fim de um longo período de repressão.

A centralização e a burocracia tiveram impacto no sistema econômico soviético, que tinha como base a ideia de socializar os meios de produção. Isso significou que a economia do enorme bloco foi planificada e regida pelos chamados planos quinquenais, que estabeleciam metas para todas as atividades. As informações apresentadas indicam que a economia da União Soviética foi marcada por um modelo em que

• a) os avanços tecnológicos eram predominantemente direcionados à agricultura

• b) os serviços educacionais e de saúde eram fornecidos pelas multinacionais.

• c) a produção e a distribuição de riquezas eram planejadas pelo governo.

• d) a expansão de propriedades privadas era o principal investimento.

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De acordo com o texto, a União Soviética foi marcada pela economia planificada. Nesse modelo econômico, a produção e a distribuição de riquezas eram planejadas pelo governo e passavam por um rígido controle estatal. Com o tempo, esse controle acabou resultando em uma economia desacelerada, devido ao pouco estímulo à concorrência e às limitações para a entrada de capital internacional.

Embora o Estado de Israel já tenha mais de 60 anos, ainda não se solucionou uma questão que surgiu desde a formação dos primeiros assentamentos judaicos na região da Palestina: a coexistência com o povo árabe que lá habitava. O conflito em questão ocorre entre dois povos que coabitam em um mesmo território sem, no entanto, concordarem com essa situação. O território é na região da Palestina, localizada no Oriente Médio. Ambos os povos demandam a soberania sobre esse território, sob o argumento de que a região pertence ao seu povo por direito. O texto aborda um conflito cuja origem está ligada a questões

• a) militares, pois ambas as partes buscam ampliar seus estoques de armamentos nucleares.

• b) ideológicas, pois os israelenses são favoráveis ao socialismo, e os árabes, ao capitalismo.

• c) religiosas, pois os povos envolvidos disputam um território que consideram sagrado.

• d) econômicas, pois judeus e palestinos lutam pelo apoio financeiro estadunidense.

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Os conflitos territoriais envolvendo Israel e Palestina estão relacionados, em sua origem, a questões religiosas, pois ambas as partes reivindicam um território considerado sagrado. A criação do Estado de Israel em 1948 – após a dominação britânica e a migração massiva de judeus para a região – diminuiu consideravelmente o tamanho desse território, que, até então, pertencia aos árabes‑palestinos. Essa diminuição fez com que os palestinos perdessem o controle sobre partes do território consideradas sagradas, como a cidade de Jerusalém (sagrada também para os judeus).

O século XX se anunciava como o século do socialismo, mas terminou com o aprofundamento do capitalismo. O socialismo caracterizou-se como a ideologia e a experiência igualitária do século XX, que confrontou, pela primeira vez, o modo de produção capitalista de uma forma global e como modelo alternativo. A grande disputa entre os dois principais regimes econômicos durante o século XX foi pautada em diferenças

• a) pontuais, limitando-se a aspectos superficiais, como a escolha de cores, a estética e a arte produzida em larga escala.

• b) irrelevantes, pois ambos tinham o mesmo objetivo e divergiam apenas sobre as pessoas que iriam conduzir o processo.

• c) estruturais, divergindo sobre a produção e a distribuição de riquezas e sobre as relações entre política e economia.

• d) regionais, com o norte do globo vivendo sob o capitalismo e os países do sul vivendo sob o regime socialista.

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As diferenças entre o capitalismo e o socialismo possuem caráter estrutural. Tratava-se de distinções, principalmente, referentes a aspectos econômicos a respeito da produção e da distribuição das riquezas produzidas. Além disso, essas diferenças se estendiam para diversos campos, como o da política. Nas experiências socialistas, o controle político costuma ser mais rígido, enquanto nas experiências capitalistas, a política costuma permanecer mais liberal. No campo da ideologia, os valores defendidos também divergiam, visto que, enquanto o capitalismo valoriza o esforço individual e a meritocracia, o socialismo dá centralidade à igualdade e à solidariedade.

Lutei contra a supremacia branca. E lutei contra a supremacia negra. Persegui sempre o ideal de uma sociedade democrática e livre, na qual todos pudessem viver em harmonia e tivessem as mesmas oportunidades. Este foi sempre o ideal pelo qual eu quis viver. E é um ideal pelo qual eu estou disposto a morrer. O trecho acima, proferido por Nelson Mandela em seu julgamento em 1964, faz parte do contexto do(a)

• a) apartheid, regime de segregação racial na África do Sul.

• b) violência policial contra a população negra estadunidense.

• c) luta por direitos civis nos Estados Unidos na década de 1960.

• d) racismo sofrido pelas pessoas negras nos países americanos.

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Nelson Mandela foi um importante líder político que, por muitos anos, na África do Sul, lutou para o fim do Apartheid, regime de segregação racial que consiste na discriminação da população negra. Por meio de movimentações políticas e de protestos pacíficos, Mandela e seus seguidores eram contrários à separação espacial entre pessoas brancas e negras naquele país, exigindo tratamento igualitário e justo.

No momento presente, a perestroika é o centro da vida intelectual de nossa sociedade. Isso é natural porque diz respeito ao futuro desse país. As mudanças que ela traz têm influência sobre o povo soviético, e ela trata de problemas de vital importância. Todos se mostram curiosos para saber em que tipo de sociedade nós, nossos filhos e netos viveremos. O trecho anterior foi escrito por Mikhail Gorbachev, líder da URSS, ao apresentar a perestroika, que

• a) autorizou o desmembramento da URSS em países independentes.

• b) retomou práticas comunistas previstas na Revolução Russa de 1917.

• c) iniciou a reestruturação e a modernização econômica e política no país.

• d) desestabilizou a economia de seu país com a retomada da agricultura familiar.

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Por meio dos princípios chamados de perestroika e glasnost, Gorbachev direcionou a economia soviética para um sistema de produção mais liberal, influenciando também o declínio dos costumes e ideais políticos comunistas. Tudo isso contribuiu para o fim definitivo da União Soviética, tendo como consequência a desagregação do grande império em nações independentes localizadas no Leste Europeu.

Em novembro de 1967, a Resolução 242 do Conselho de Segurança propunha, pela primeira vez, a paz em troca de territórios. Meio século depois, o relator da ONU para os direitos humanos nos territórios palestinos, a quem Israel nega autorização para entrar em Gaza e na Cisjordânia, lembrava, em Genebra, que as ocupações militares costumam ser temporárias e de curta duração. “Mas esta ocupação, depois de cinco décadas de punições coletivas, confiscos de propriedades e restrições à liberdade de movimento”, concluía, “parece não ter fim e só se endurecer”. O trecho anterior trata da busca pela paz entre palestinos e israelenses e evidencia que a

• a) soberania das duas partes de Jerusalém é a base para a aceitação da paz pelos israelitas.

• b) vitória dos palestinos depende da extinção de Israel e da criação de campos de refugiados.

• c) intervenção de organizações internacionais mantém um sistema de negociações pacíficas.

• d) ocupação militar israelense vem se fortalecendo e dificultando a resolução pacífica do conflito.

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O trecho aponta para a dificuldade de estabelecimento dos termos para a paz entre palestinos e israelenses e critica o avanço e o fortalecimento da ocupação militar israelense, que se alonga por mais de 50 anos. As disputas territoriais pela área da Palestina remontam à Antiguidade e são marcadas por complexas exigências de ambos os lados em cada tentativa de negociação de paz. Enquanto os judeus (israelenses) reivindicam a posse de toda Jerusalém, os palestinos exigem a retirada dos israelenses da atual Jerusalém Oriental.

Em 1989, pouco antes da queda do muro de Berlim, a Sra. Kerner passa mal, entra em coma e fica desacordada durante algum tempo. Quando ela desperta, em meados de 1990, sua cidade, Berlim Oriental, está sensivelmente modificada. Seu filho Alexander, temendo que a excitação causada pelas drásticas mudanças possa lhe prejudicar a saúde, decide esconder-lhe os acontecimentos. Caso o filho não tivesse decidido ocultar os fatos, logo a mãe descobriria que, após a queda do muro de Berlim,

• a) o socialismo estava oficialmente extinto dos países do mundo.

• b) a cidade estava reunificada sob o sistema econômico capitalista.

• c) os conflitos entre socialistas e capitalistas geraram uma guerra civil.

• d) as pessoas do lado ocidental da cidade invadiram e espoliaram seu lado.

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A queda do muro de Berlim representou um marco para a história mundial, pois foi o momento em que um dos grandes símbolos da divisão do mundo entre capitalistas e socialistas foi extinto. Após esse acontecimento, a cidade, assim como a Alemanha, foi reunificada, e todo o território passou a adotar o sistema capitalista, abandonando o sistema socialista, que orientou a vida social e econômica do lado oriental da cidade por décadas.